Portanto, totalmente aplicável aos desafios que os lideres que atual nas temáticas que envolvem o desafio de construir um sociedade mais sustentáveis, sejam estes atuando no meio empresarial, público, acadêmico ou mesmo da sociedade civil organizada.
Muitos dos problemas de hoje, já existiam no passado, contudo o contexto de hoje e infinitamente distinto ao contexto do passado em que temas sociais, ambientais, culturais, políticos e tecnológicos, têm impactos e dimensões infinitamente distintos do nosso passado de apenas 100, 80, 60, 40 ou 30 anos atrás.
Recomendo a leitura do texto, em busca destes vínculos e aprendizagens.
5 temas críticos para a liderança
texto
de Marco Dalpozzo
Fonte:
Exame.com
1) INCERTEZA
Aumenta
o número de pessoas que vivem na incerteza. Um conceito que vira cada vez
mais realidade. Liderança responsável significa lidar com a incerteza que
nossas decisões podem gerar. Precisamos ampliar nossa visão. Precisamos
concretizar uma visão mais holística e não conveniente, singular e de curto
prazo. Precisamos também, de mais debate e ação compartilhada, e tudo isso deve
ser agora, de maneira concreta e coerente, com poucas palavras assertivas. As
ações por sua vez, precisam ser corajosas, diferentes e coerentes com o
discurso. Mas temos uma certeza: as respostas de ontem não funcionam mais. O
mix de elementos da realidade atual, requer a ampliação do debate. O
pensar estratégico agora é mais comunitário, as relações devem evoluir
para um reconhecimento das problemáticas complexas e também do planeta. Os
líderes precisarão debater e decidir. Pegar o caminho certo, seguramente
diferente do passado.
2) INOVAÇÃO
Sabíamos
que precisávamos de novas respostas, mas tentamos conviver e ficar com as de
sempre. Não deu certo. Agora o concreto e a realidade requerem
respostas diferentes, não necessariamente 100% novas, mas diferentes e
comunitárias. A inovação não pode ser delegada para a tecnologia, que é uma
concretização de nossas capacidades humanas, mas que em si, não basta.
Precisamos inovar nas relações, precisamos dar velocidade ao processo de
criação de relações globais, de relações entre classes sociais, de novas
relações cada um com si. A inovação tecnológica inicia a ser marginal hoje, a
inovação relacional e humana é de alto valor econômico social. Há uma
grande oportunidade de desenvolvimento sustentável. Nada como em um momento de
fragilidade, como a crise, para questionar a criatividade e os exemplos de
coerência existentes. A liderança se faz de exemplos e ações coerentes.
Precisamos definir a coluna vertebral que sustentará empresas e instituições
daqui para frente. Devemos debater e propor um novo modelo de
desenvolvimento que cabe nesse planeta, com 4 ou 5 valores possíveis e
praticados de verdade. Precisamos criar o o senso de “todo mundo no mesmo
barco”.
3) QUALIDADE
3) QUALIDADE
Mais
conhecimento e circulação de informação em relação ao passado. Menos dinheiro,
perspectivas de taxas de crescimento mais limitadas, mais sustentáveis.
Pergunto-me se o mundo futuro não será um mundo com mais qualidade, onde
o melhor vem antes do mais. Um carro ao invés de três, mas menos poluente e
para mais gente. O intangível, os serviços talvez, serão elementos de uma
economia mais respeitosa do ambiente e também de seus habitantes. Devemos fazer
uma escolha: se não poderemos sustentar o “mais e melhor” será que
“melhor” não é a melhor opção? Qualidade tem a ver com percepção, e percepção
tem haver com cultura e conhecimento. Será que uma humanidade mais culta
e que saiba fazer bem as coisas não poderá gerar maior sustentabilidade e
uma percepção mais intensa da qualidade? Como devemos evoluir na contabilização
dos bens e do patrimônio intangível\cultural de nossas comunidades?
4) HUMAN
CAPITAL
O Human
Capital é um asset fundamental, infinito e
criativo. Então porque é considerado no balanço só como custo? Que tal
tangibilizar este patrimônio? Vamos preservá-lo, desenvolvê-lo e não perdê-lo.
O ser humano é adaptável e plástico como nenhum outro recurso, por que
automatizá-lo tanto? Não cortamos nosso maior patrimônio:
requalificamos, realocamos, preservamos ao menor custo possível, inventamos
novas formas de estar juntos e colaborar, mas não excluímos. O RH, precisa ser
um RH do “H” , focado na riqueza inesgotável.
5) ESCUTA
Quando
imaginamos um líder e sua atuação, imaginamos sempre alguém falando.
Por que não pensamos em um líder que exerça a liderança escutando?
Em um momento de incerteza real, por que não pensar em mostrar nosso líderes
escutando? Por que queremos reconhecê-los na posição de “sabe tudo”. A
realidade é cheia de sons e imagens; escutá-los, ter uma escuta ativa,
pode ajudar mais do que qualquer outra virtude. Para encontrar e compor o ritmo
da “música” que nos guiará no mundo incerto, precisaremos de ouvir os sons que
vêm da “rua” mais do que àqueles vindos das salas de música. Precisamos
de líderes maestros, capazes de dirigir orquestras compostas da maior
diversidade existentes, àquela riqueza inesgotável que precisamos preservar..
Nada como
uma crise para o debate antes da ação!