sábado, 29 de março de 2014

5 temas críticos para a liderança - O que isto tem haver com a Sustentabilidade?

Recebi o texto abaixo de um profissional de RH, com quem tenho aprendido muito sobre esta área. Mesmo não sendo um texto dedicado a temática da Sustentabilidade ou temas relacionados a esta agenda, fala de uma forma simples, porém, completa sobre os principais desafios que assolam a liderança em literalmente "nossos tempos modernos". 

Portanto, totalmente aplicável aos desafios que os lideres que atual nas temáticas que envolvem o desafio de construir um sociedade mais sustentáveis, sejam estes atuando no meio empresarial, público, acadêmico ou mesmo da sociedade civil organizada.

Muitos dos problemas de hoje, já existiam no passado, contudo o contexto de hoje e infinitamente distinto ao contexto do passado em que temas sociais, ambientais, culturais, políticos e tecnológicos, têm impactos e dimensões infinitamente distintos do nosso passado de apenas 100, 80, 60, 40 ou 30 anos atrás.

Recomendo a leitura do texto, em busca destes vínculos e aprendizagens.

5 temas críticos para a liderança
texto de Marco Dalpozzo
Fonte: Exame.com
1)  INCERTEZA
Aumenta o número de pessoas que vivem na incerteza.  Um conceito que vira cada vez mais realidade. Liderança responsável significa lidar com a incerteza que nossas decisões podem gerar. Precisamos ampliar nossa visão. Precisamos concretizar uma visão mais holística e não conveniente, singular e de curto prazo. Precisamos também, de mais debate e ação compartilhada, e tudo isso deve ser agora, de maneira concreta e coerente, com poucas palavras assertivas. As ações por sua vez, precisam ser corajosas, diferentes e coerentes com o discurso. Mas temos uma certeza: as respostas de ontem não funcionam mais. O mix de elementos da realidade atual, requer a ampliação  do debate. O pensar estratégico agora é  mais comunitário, as relações devem evoluir para um reconhecimento das problemáticas complexas e também do planeta. Os líderes precisarão debater e decidir. Pegar o caminho certo, seguramente diferente do passado.
2)  INOVAÇÃO
Sabíamos que precisávamos de novas respostas, mas tentamos conviver e ficar com as de sempre. Não deu certo. Agora o concreto e a realidade requerem respostas diferentes, não necessariamente 100% novas, mas diferentes e comunitárias. A inovação não pode ser delegada para a tecnologia, que é uma concretização de nossas capacidades humanas, mas que em si, não basta. Precisamos inovar nas relações, precisamos dar velocidade ao processo de criação de relações globais, de relações entre classes sociais, de novas relações cada um com si. A inovação tecnológica inicia a ser marginal hoje, a inovação relacional e humana é  de alto valor econômico social. Há uma grande oportunidade de desenvolvimento sustentável. Nada como em um momento de fragilidade, como a crise, para questionar a criatividade e os exemplos de coerência existentes. A liderança se faz de exemplos e ações coerentes. Precisamos definir a coluna vertebral que sustentará empresas e instituições daqui para frente. Devemos debater  e propor um novo modelo de desenvolvimento que cabe nesse planeta, com  4 ou 5 valores possíveis e praticados de verdade. Precisamos criar o o senso de “todo mundo no mesmo barco”. 

3)  QUALIDADE
Mais conhecimento e circulação de informação em relação ao passado. Menos dinheiro, perspectivas de taxas de crescimento mais limitadas, mais sustentáveis. Pergunto-me se o mundo futuro não será um mundo com mais qualidade, onde o melhor vem antes do mais. Um carro ao invés de três, mas menos poluente e para mais gente. O intangível, os serviços talvez, serão elementos de uma economia mais respeitosa do ambiente e também de seus habitantes. Devemos fazer uma escolha: se não poderemos sustentar o “mais e melhor” será  que “melhor” não é a melhor opção? Qualidade tem a ver com percepção, e percepção tem haver com cultura e conhecimento. Será  que uma humanidade mais culta e que saiba fazer bem as coisas não poderá gerar  maior sustentabilidade e uma percepção mais intensa da qualidade? Como devemos evoluir na contabilização dos bens e do patrimônio intangível\cultural de nossas comunidades? 
4)  HUMAN CAPITAL
Human Capital é um asset  fundamental, infinito e criativo. Então porque é  considerado no balanço só como custo? Que tal tangibilizar este patrimônio? Vamos preservá-lo, desenvolvê-lo e não perdê-lo. O ser humano é adaptável e plástico como nenhum outro recurso, por que automatizá-lo tanto?  Não cortamos nosso maior patrimônio:  requalificamos, realocamos, preservamos ao menor custo possível, inventamos novas formas de estar juntos e colaborar, mas não excluímos. O RH, precisa ser um RH do “H” , focado na riqueza inesgotável.
5)  ESCUTA
Quando imaginamos um líder e sua atuação, imaginamos sempre alguém falando. Por que não pensamos em um líder que exerça a liderança escutando? Em um momento de incerteza real, por que não pensar em mostrar nosso líderes escutando? Por que queremos reconhecê-los na posição de “sabe tudo”. A realidade é  cheia de sons e imagens; escutá-los, ter uma escuta ativa, pode ajudar mais do que qualquer outra virtude. Para encontrar e compor o ritmo da “música” que nos guiará no mundo incerto, precisaremos de ouvir os sons que vêm da “rua” mais do que àqueles vindos das salas de música.  Precisamos de líderes maestros, capazes de dirigir orquestras compostas da maior diversidade existentes, àquela riqueza inesgotável que precisamos preservar..

Nada como uma crise para o debate antes da ação!

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