Além disso, hoje na condição de associado fundador e vice presidente do Conselho Deliberativo da ABRAPs e profissional atuante na área, ver esta matéria na Folha de São Paulo, mostrando de forma clara e objetiva o papel, valor e desafios do profissional de sustentabilidade que atuam nas organizações empresariais é um motivo de orgulho muito grande. Também traz uma uma sensação gostosa de trabalho bem feito, mas isto não quer dizer que já estamos com o dever cumprido, pelo contrário, ainda há muito por fazer, afinal a própria matéria retrata bem, que uma coisa é reconhecer o papel dos profissionais que militam nesta área, outra é realmente colocá-los no centro das decisões, influenciando para que boa parte das decisões de negócio considerem também outras referências, variáveis e vozes, sendo algumas pouco convencionais ao business as usual.
Afinal as questões sociais, ambientais, culturais e polítricas não estão em momento algum dissociadas das questões econômicas e de viabilidade de um negócio que deseja ser realmente sustentável e capaz de realmente agregar valor a sociedade, aos consumidores e também as seus investidores que terão a perspectiva de um negócio bem gerenciado, livre de risco evitáveis e sintonizados com as reais demandas da sociedade.
Parabéns a todos os profissionais que resolveram se dedicar a causa da sustentabilidade e um parabéns especial a toda equipe da ABRAPs que há três anos, vêem incansavelmente buscando meios de colocar o papel deste profissionais em outro patamar na sociedade e obrigado a Delloite por ter trabalhando seriamente na pesquisa.
Só orgulho e alegria!
Fabiano Rangel
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Fonte: Folha de São Paulo
ANDRÉ PALHANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
28/08/2012 - 05h00
Eles são chamados de "românticos", "idealistas" e até "utópicos". Tentam convencer seus pares de que resultados econômicos não são tudo na vida da empresa, que variáveis socioambientais precisam ser incorporadas à gestão e que o bom relacionamento com públicos até então considerados de menor importância, como ONGs e comunidades do entorno, é fundamental para o negócio.
São os profissionais de sustentabilidade, uma fauna cada vez mais representativa dentro das grandes e médias empresas, cujo trabalho é lidar com temas que vão desde a orientação do investimento social privado até a implementação de novas políticas de gestão interna.
Nos cartões de visita, nomes como Cidadania Corporativa, Responsabilidade Social, Desenvolvimento Sustentável, Sustentabilidade e Ambiente, entre outros, revelam a distância de um tratamento único para o tema dentro das corporações.
A área tem despertado a atenção de executivos e de estudantes. Não apenas pela possibilidade de trabalhar com uma causa considerada nobre no árido universo corporativo, mas também pela notável ampliação da demanda por esse perfil de executivo nos últimos anos, aliada a benefícios atraentes.
"Ainda que exista dificuldade de encontrar executivos com uma visão pronta, consolidada, o que vemos hoje é uma busca permanente por esse profissional", diz Fábio Mandarano, da Delloite.
Ele coordenou uma pesquisa encomendada pela Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade (Abraps), que demonstra a expectativa de ampliação das equipes de sustentabilidade em uma em cada quatro empresas (26%) consultadas em 2012. Nas demais, não há previsão de cortes no período.
A pesquisa revela equivalência salarial e de benefícios dos executivos da área de sustentabilidade com os outros departamentos, que variam de R$ 2.796 a R$ 25.149, segundo a função exercida.
BARREIRAS
O aumento da demanda e os salários atrativos, porém, ainda têm reflexos tímidos sobre o que é considerado hoje um dos principais desafios desse profissional nas empresas: participar ativamente das decisões estratégicas.
Em boa parte dos casos, esses profissionais estão distantes dos centros de decisão, com acesso restrito aos principais executivos, e acabam tendo um poder limitado.
"É um erro e as empresas que o cometem correm o risco de ficar para trás. Muitas ainda não entenderam que essa área deve estar no centro das decisões, caso contrário será meramente uma peça de marketing institucional", diz Claus Richard Blau, da consultoria Korn/Ferry.
"Alcançar a representatividade necessária dentro das empresas está diretamente ligado à clareza com que as principais lideranças enxergam a sustentabilidade como valor estratégico ao negócio", diz Alexandre Mac Dowell, vice-presidente da Abraps.
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