Viralize esse assunto
Assista ao vídeo da nova Campanha da Childhood Brasil que irá circular nas redes do Cinemark nos próximos dias.
Lembrando que o objetivo da campanha é sensibilizar a sociedade brasileira, sobre importância de se enfrentar a violência sexual cometida contra crianças e adolescentes.
Segundo dados do Ligue 100, canal de denúncias da Secretária de Direitos Humanos ligada ao Ministério da Justifiça, entre 2003 e 2010, o serviço recebeu cerca de 2,4 milhões de ligações com denúncias. Destas, 125 mil se concretizaram em denúncias de fato para apuração e providências. Um número muito além da nossa imaginação e claro, do nosso desejo.
Um país que quer ser o país do fututo, precisa preservar e assegurar o desenvolvimento das crianças e adolescentes do presente. Atenção e cuidados básicos, como, por exemplo, conversar mais sobre o assunto com colegas, familiares e até mesmo no trabalho, podem fazer toda a diferença.
Viralize!
Como definir o que é sustentabilidade? Seria muita pretensão responder essa pergunta sozinho.Por isso, tenho com esse blog o desejo de construir um espaço aberto e dedicado a troca de ideias, opiniões e qualquer outra informação que ajude a formar um entendimento mais amplo e sistêmico do que é essa tal de “sustentabilidade” desejada pela sociedade, organizações empresariais, sociais e políticas. Aqui você e suas contribuições serão sempre bem vindas. Faça parte dessa construção!
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Walmart assina com Programa Na Mão Certa
CBN - A rádio que toca notícia - Responsabilidade Social
Ouça no link da matéria na CBN sobre a adesão do Walmart ao Pacto Empresarial Contra Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Brasileiras.
A primeira vista, este pode ser um tema disntante do meio empresarial, o que é um grande equívoco. Está cada vez mais evidente que questões sociais, ambientais e econômicas, não estão dissociadas.
Uma empresa responsável, precisa incorporar de forma integra e integrada as diferentes demandas da sociedade, que vão muito além do negócio da organização propriamente dita. Iniciativas como essas podem ajudar e muitos as organizações corporativas tomar contato com outras realidades e expandir esse entendimento e agir sobre.
Veja mais: http://www.namaocerta.org.br/
Ouça no link da matéria na CBN sobre a adesão do Walmart ao Pacto Empresarial Contra Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Brasileiras.
A primeira vista, este pode ser um tema disntante do meio empresarial, o que é um grande equívoco. Está cada vez mais evidente que questões sociais, ambientais e econômicas, não estão dissociadas.
Uma empresa responsável, precisa incorporar de forma integra e integrada as diferentes demandas da sociedade, que vão muito além do negócio da organização propriamente dita. Iniciativas como essas podem ajudar e muitos as organizações corporativas tomar contato com outras realidades e expandir esse entendimento e agir sobre.
Veja mais: http://www.namaocerta.org.br/
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Filantropia chegou a US$ 303 bilhões nos EUA em 2009
O valor foi equivalente ao PIB da Áustria, da Grécia ou das Filipinas. Desafio foi lançado pelos bilionários Bill Gates e Warren Buffett e surpreendeu analistas
Por Agência EstadoData: 23/08/2010
Washington - O desafio bem-sucedido dos bilionários Bill Gates e Warren Buffett de convencer seus pares a doar metade de suas fortunas para a benemerência em uma época de vacas magras provocou surpresa até mesmo em uma sociedade na qual a filantropia é um consagrado business. As doações nos Estados Unidos atingiram US$ 303,8 bilhões no ano passado, quando a recessão americana provocou uma queda no total de doações de 3,6% em relação a 2008, segundo a Given USA Foundation. O valor foi equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) da Áustria, da Grécia ou das Filipinas.
Nos primeiros apelos da dupla biliardária, durante jantares organizados desde 2009, pelo menos 40 afortunados aderiram à causa do Compromisso de Dar, como foi batizada a iniciativa. As adoções por cinco deles corresponderam a US$ 2,4 bilhões. A proposta de instigar a doação de metade do patrimônio, em vida ou depois da morte, entre os americanos mais ricos, surpreendeu por ter sido lançada em um momento em que a atividade econômica apontava recuperação muito modesta.
Segundo Paul Brest, presidente da Fundação William e Flora Hewlett e autor do livro "Money Well Spent" (Dinheiro Bem Gasto), o movimento liderado pelo dono da Microsoft e pelo consagrado megainvestidor foi motivado por suas convicções pessoais. Mas, para Brest, terá feito um bem danado a seus negócios. "Doar é um grande negócio. Melhora a imagem de empresários diante dos funcionários e da sociedade, traz o reconhecimento da comunidade aos doadores individuais e ainda garante dedução de imposto", afirmou.
Gates é o segundo homem mais rico do mundo, com um patrimônio de US$ 53 bilhões, segundo ranking da revista Forbes. Presidente do conglomerado americano Berkshire Hathaway, Buffett possui uma fortuna um pouco menor, de US$ 47 bilhões, da qual uma fatia de 85% será destinada à Fundação Bill & Melinda Gates depois de sua morte. Ambos já eram conhecidos como filantropos nos EUA. Agora, essa imagem está consolidada mundo afora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
IFC revisa critérios socioambientais para empréstimos a emergentes
Data: 24/08/2010
Fonte: Valor Econômico
O IFC está revisando seus critérios socioambientais para empréstimos ao setor privado em países emergentes. As novas exigências serão apresentadas no primeiro semestre de 2011, e deverão incluir aspectos desconsiderados hoje na análise para concessão de crédito, como emissões de gases-estufa e o impacto das atividades da empresa na cadeia produtiva. Essa é a primeira revisão feita pelo IFC desde 2006, quando o braço para investimentos do Banco Mundial criou seus padrões de performance social e ambiental. Recentemente, um balanço sobre os três primeiros anos da instituição já havia detectado brechas.
"O mundo mudou desde 2006 e precisamos nos adaptar às mudanças", afirmou Aaron Rosenberg, diretor de assuntos corporativos do IFC, em entrevista ao Valor. Também foram apontadas ambiguidade de linguagem e pouca clareza nas informações prestadas aos clientes sobre os padrões de performance socioambiental.
No último ano, o IFC foi alvo de fortes críticas de organizações ambientais por problemas na Ásia com o setor de óleo de palma (dendê), acusado de promover o desmatamento. E teve o primeiro caso, no Brasil, de uma empresa a devolver o empréstimo - o então frigorífico Bertin, adquirido pelo Grupo JBS, que obteve US$ 90 milhões para implantar um projeto de produção sustentável de carne em sua unidade de Marabá, Pará.
O contrato foi rompido após o Greenpeace e o Ministério Público Federal denunciarem o Bertin por contribuição para o desmatamento da Amazônia. Segundo fontes, financiar o projeto deixou o IFC em posição desconfortável. A instituição afirmou que os US$ 60 milhões que haviam sido liberados ao frigorífico já foram quitados.
Embora não tenham provocado a revisão dos padrões de performance socioambiental do IFC, que já era prevista, os escândalos influenciaram o debate e levaram à determinação de interromper os empréstimos ao setor de palma na Ásia. No Brasil, novos investimentos no setor agropecuário foram nulos no ano fiscal americano de 2010, encerrado em 30 de junho.
"Isso não está associado ao caso Bertin nem quer dizer que o setor agropecuário perdeu importância no Brasil. Estamos analisando novos projetos para este ano em soja, suínos e trading", afirmou Andrew Gunther, gerente-geral do IFC para o Brasil. Na opinião do executivo, o episódio foi positivo porque criou grupos de trabalho para discutir a sustentabilidade na Amazônia e levou a instituição de fomento a aprender mais sobre o setor. "Se quisermos fazer a diferença, teremos às vezes que trabalhar em projetos controversos", disse.
A revisão global dos padrões de performance socioambiental envolve uma miríade de grupos, de bancos multilaterais, instituições financeiras e agências da ONU a povos indígenas, ONGs ambientalistas, sindicatos e empresas. Também participam consultores do Brasil, Índia, Reino Unido, África do Sul, Malásia e Washington.
O período de consultas entrou na segunda fase e são esperadas mudanças importantes como a inclusão das mudanças climáticas. Entre as sugestões feitas, está a remoção da possibilidade de os clientes do IFC compensarem suas emissões de gases de feito estufa. Em vez disso, defendem a determinação de que sejam apresentadas opções para adoção de tecnologias de baixo carbono.
Além disso, tomadores de empréstimos deveriam quantificar emissões diretas e indiretas de projetos que provoquem mudança no uso da terra - responsabilidade que seria estendida também aos financiadores intermediários. A revisão contempla ainda aspectos como contaminação de solo e água e os desdobramentos legais desses tópicos. Consultores pediram também uma definição mais clara sobre a cadeia produtiva e suas responsabilidades.
Para Rosenberg, a introdução de novos padrões não deve tornar a análise dos empréstimos mais morosa. "Os novos padrões terão de ser incorporados ao longo do tempo e teremos de aumentar a assistência técnica a empresas e governos para que [as exigências] sejam atendidas", disse. O IFC aprovou US$ 18 bilhões no ano fiscal de 2010, sendo US$ 1,5 bilhão ao Brasil. A maior parte desse dinheiro - US$ 787 milhões - foi direcionada para o financiamento à exportação.
Fonte: Jornal Valor Econômico
Fonte: Valor Econômico
O IFC está revisando seus critérios socioambientais para empréstimos ao setor privado em países emergentes. As novas exigências serão apresentadas no primeiro semestre de 2011, e deverão incluir aspectos desconsiderados hoje na análise para concessão de crédito, como emissões de gases-estufa e o impacto das atividades da empresa na cadeia produtiva. Essa é a primeira revisão feita pelo IFC desde 2006, quando o braço para investimentos do Banco Mundial criou seus padrões de performance social e ambiental. Recentemente, um balanço sobre os três primeiros anos da instituição já havia detectado brechas.
"O mundo mudou desde 2006 e precisamos nos adaptar às mudanças", afirmou Aaron Rosenberg, diretor de assuntos corporativos do IFC, em entrevista ao Valor. Também foram apontadas ambiguidade de linguagem e pouca clareza nas informações prestadas aos clientes sobre os padrões de performance socioambiental.
No último ano, o IFC foi alvo de fortes críticas de organizações ambientais por problemas na Ásia com o setor de óleo de palma (dendê), acusado de promover o desmatamento. E teve o primeiro caso, no Brasil, de uma empresa a devolver o empréstimo - o então frigorífico Bertin, adquirido pelo Grupo JBS, que obteve US$ 90 milhões para implantar um projeto de produção sustentável de carne em sua unidade de Marabá, Pará.
O contrato foi rompido após o Greenpeace e o Ministério Público Federal denunciarem o Bertin por contribuição para o desmatamento da Amazônia. Segundo fontes, financiar o projeto deixou o IFC em posição desconfortável. A instituição afirmou que os US$ 60 milhões que haviam sido liberados ao frigorífico já foram quitados.
Embora não tenham provocado a revisão dos padrões de performance socioambiental do IFC, que já era prevista, os escândalos influenciaram o debate e levaram à determinação de interromper os empréstimos ao setor de palma na Ásia. No Brasil, novos investimentos no setor agropecuário foram nulos no ano fiscal americano de 2010, encerrado em 30 de junho.
"Isso não está associado ao caso Bertin nem quer dizer que o setor agropecuário perdeu importância no Brasil. Estamos analisando novos projetos para este ano em soja, suínos e trading", afirmou Andrew Gunther, gerente-geral do IFC para o Brasil. Na opinião do executivo, o episódio foi positivo porque criou grupos de trabalho para discutir a sustentabilidade na Amazônia e levou a instituição de fomento a aprender mais sobre o setor. "Se quisermos fazer a diferença, teremos às vezes que trabalhar em projetos controversos", disse.
A revisão global dos padrões de performance socioambiental envolve uma miríade de grupos, de bancos multilaterais, instituições financeiras e agências da ONU a povos indígenas, ONGs ambientalistas, sindicatos e empresas. Também participam consultores do Brasil, Índia, Reino Unido, África do Sul, Malásia e Washington.
O período de consultas entrou na segunda fase e são esperadas mudanças importantes como a inclusão das mudanças climáticas. Entre as sugestões feitas, está a remoção da possibilidade de os clientes do IFC compensarem suas emissões de gases de feito estufa. Em vez disso, defendem a determinação de que sejam apresentadas opções para adoção de tecnologias de baixo carbono.
Além disso, tomadores de empréstimos deveriam quantificar emissões diretas e indiretas de projetos que provoquem mudança no uso da terra - responsabilidade que seria estendida também aos financiadores intermediários. A revisão contempla ainda aspectos como contaminação de solo e água e os desdobramentos legais desses tópicos. Consultores pediram também uma definição mais clara sobre a cadeia produtiva e suas responsabilidades.
Para Rosenberg, a introdução de novos padrões não deve tornar a análise dos empréstimos mais morosa. "Os novos padrões terão de ser incorporados ao longo do tempo e teremos de aumentar a assistência técnica a empresas e governos para que [as exigências] sejam atendidas", disse. O IFC aprovou US$ 18 bilhões no ano fiscal de 2010, sendo US$ 1,5 bilhão ao Brasil. A maior parte desse dinheiro - US$ 787 milhões - foi direcionada para o financiamento à exportação.
Fonte: Jornal Valor Econômico
Contratações em meio ambiente e direitos humanos | Grande Angular
Contratações em meio ambiente e direitos humanos Grande Angular
Segue neste post link com uma série de vagas na áreas de direitos humanos, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável.
Boa sorte!
Segue neste post link com uma série de vagas na áreas de direitos humanos, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável.
Boa sorte!
Siderúrgica CSA é multada em R$ 1,8 milhão por poluição
Fonte: Época Negócios On Line
Data: 23/08/2010
A empresa tem um prazo de 15 dias para recorrer. Problema de emissão de partículas teria sido gerado por funcionamento do alto-forno.
Por Agência Estado
Rio - A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) será multada em R$ 1,8 milhão por causa da poluição provocada por material particulado que se espalhou nos entornos da empresa, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com a secretária de Estado do Ambiente, Marilene Ramos, a empresa tem um prazo de 15 dias para recorrer. "Está sendo demonstrado que houve falhas no projeto, que causaram problemas gravíssimos à população", afirmou.
Segundo Marilene, o problema ocorreu porque a máquina de lingotamento não está tendo capacidade de receber todo o ferro-gusa que sai do alto-forno. Por causa disso, o material é vertido em poços de emergência. A secretária informou ainda que, desde a segunda-feira da semana passada, a CSA reforçou a rede de água que faz a umidificação desse material.
Na última terça-feira, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão vinculado à secretaria, autuou a siderúrgica - parceria da alemã ThyssenKrupp com a Vale - depois que técnicos identificaram que as partículas provinham, principalmente, da operação de basculamento e resfriamento do ferro-gusa, não lingotado, em poços de emergência, após serem produzidos no alto-forno, devido a problemas ocorridos nas máquinas de lingotamento.
(Glauber Gonçalves)
Data: 23/08/2010
A empresa tem um prazo de 15 dias para recorrer. Problema de emissão de partículas teria sido gerado por funcionamento do alto-forno.
Por Agência Estado
Rio - A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) será multada em R$ 1,8 milhão por causa da poluição provocada por material particulado que se espalhou nos entornos da empresa, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com a secretária de Estado do Ambiente, Marilene Ramos, a empresa tem um prazo de 15 dias para recorrer. "Está sendo demonstrado que houve falhas no projeto, que causaram problemas gravíssimos à população", afirmou.
Segundo Marilene, o problema ocorreu porque a máquina de lingotamento não está tendo capacidade de receber todo o ferro-gusa que sai do alto-forno. Por causa disso, o material é vertido em poços de emergência. A secretária informou ainda que, desde a segunda-feira da semana passada, a CSA reforçou a rede de água que faz a umidificação desse material.
Na última terça-feira, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão vinculado à secretaria, autuou a siderúrgica - parceria da alemã ThyssenKrupp com a Vale - depois que técnicos identificaram que as partículas provinham, principalmente, da operação de basculamento e resfriamento do ferro-gusa, não lingotado, em poços de emergência, após serem produzidos no alto-forno, devido a problemas ocorridos nas máquinas de lingotamento.
(Glauber Gonçalves)
CSA é autuada por poluição e terá de reduzir produção
Fonte: Época Negócios On Line
Data: 17/08/2010
Siderúrgica pode pagar multa de R$ 800 a R$ 2 milhões por jogar partículas na atmosfera acima do permitido. Empresa terá de reduzir a produção de seu alto-forno em cinco dias
Por Agência Estado
A CSA, siderúrgica inaugurada em julho na zona oeste do Rio, foi autuada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão executivo da Secretaria Estadual do Ambiente (SAE), por poluição causada por material particulado. O valor da multa pode variar de R$ 800 a R$ 2 milhões e será definido após análise do relatório de vistoria e de reunião com técnicos da empresa, marcada para hoje.
A CSA foi notificada a reduzir a produção do seu alto-forno num prazo de cinco dias. Caso não cumpra com o estabelecido, pode ser multada novamente e interditada. Na última sexta-feira, dia 13, técnicos do Inea fizeram uma vistoria nos locais atingidos pelas partículas e também no interior da empresa, depois de receber denúncias de moradores da região, informou a assessoria de imprensa.
Hoje, os técnicos do órgão fizeram uma nova visita ao local. O Inea constatou que as partículas provinham, principalmente, da operação de basculamento e resfriamento do ferro-gusa, não lingotado, em poços de emergência, depois de serem produzidos no alto-forno, devido a problemas ocorridos nas máquinas de lingotamento. Em virtude da poluição provocada nas vizinhanças, a CSA será multada por crime ambiental, de acordo com a Lei nº 3.467/2000. A companhia é uma parceria da Vale com a alemã ThyssenKrupp.
Data: 17/08/2010
Siderúrgica pode pagar multa de R$ 800 a R$ 2 milhões por jogar partículas na atmosfera acima do permitido. Empresa terá de reduzir a produção de seu alto-forno em cinco dias
Por Agência Estado
A CSA, siderúrgica inaugurada em julho na zona oeste do Rio, foi autuada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão executivo da Secretaria Estadual do Ambiente (SAE), por poluição causada por material particulado. O valor da multa pode variar de R$ 800 a R$ 2 milhões e será definido após análise do relatório de vistoria e de reunião com técnicos da empresa, marcada para hoje.
A CSA foi notificada a reduzir a produção do seu alto-forno num prazo de cinco dias. Caso não cumpra com o estabelecido, pode ser multada novamente e interditada. Na última sexta-feira, dia 13, técnicos do Inea fizeram uma vistoria nos locais atingidos pelas partículas e também no interior da empresa, depois de receber denúncias de moradores da região, informou a assessoria de imprensa.
Hoje, os técnicos do órgão fizeram uma nova visita ao local. O Inea constatou que as partículas provinham, principalmente, da operação de basculamento e resfriamento do ferro-gusa, não lingotado, em poços de emergência, depois de serem produzidos no alto-forno, devido a problemas ocorridos nas máquinas de lingotamento. Em virtude da poluição provocada nas vizinhanças, a CSA será multada por crime ambiental, de acordo com a Lei nº 3.467/2000. A companhia é uma parceria da Vale com a alemã ThyssenKrupp.
Childhood Brasil - Viralize e faça a diferença
A Childhood Brasil é organização social de direitos humanos, fundada pela Rainha Silvia da Suécia, já qualificada como OSCIP vem desde 1999 desenvolvendo um bom trabalho no Brasil de enfrentamento a toda forma de violência sexual contra crianças e adolescentes.
Nesta semana a organização coloca no "ar" sua nova campanha institucional, com o objetivo de sensibilizar a sociedade brasileira sobre a necessidade de se enfrentar o abuso sexual que infelizmente ocorre contra crianças e adolescentes.
Faça parte dessa campanha também - Viralize e conheça mais sobre o trabalho da organização http://www.wcf.org.br/
Nesta semana a organização coloca no "ar" sua nova campanha institucional, com o objetivo de sensibilizar a sociedade brasileira sobre a necessidade de se enfrentar o abuso sexual que infelizmente ocorre contra crianças e adolescentes.
Faça parte dessa campanha também - Viralize e conheça mais sobre o trabalho da organização http://www.wcf.org.br/
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Padrões socioambientais tendem a funcionar como parâmetros para todo um setor
*Ricardo Abramovay, no jornal Valor Econômico
Data: 20/08/2010 - página A 12.
Ana Carolina Negri/Valor
As condições de funcionamento dos mercados de algumas das principais commodities brasileiras transformaram-se de forma impressionante nos últimos cinco anos. Soja, biocombustíveis, madeira, carne, algodão, óleo de palma estão entre os produtos cujos mercados passam a organizar-se de forma crescente com a participação de organizações não governamentais (ONGs) em seu interior.
Além da agropecuária, o Instituto Carvão Social é uma iniciativa compulsória que controla condições de trabalho na cadeia da siderurgia. A mudança é de mão dupla: as empresas e as associações empresariais passam a procurar parâmetros de julgamento de suas atividades que vão muito além do balanço contábil ou da remuneração dos acionistas. Isso supõe a formulação de vários indicadores como o uso de materiais e energia, o balanço de emissões de gases de efeito estufa e o conhecimento dos impactos do que fazem as firmas tanto sobre a biodiversidade como sobre as populações que se encontram ao longo de suas cadeias de valor. Por outro lado, as próprias ONGs também alteram seus procedimentos. Tornam-se protagonistas de negociações diretas com o setor privado, o que exige preparação técnica e um tipo de agenda quase ausente de seu horizonte até poucos anos atrás.
Um dos resultados dessa dupla mudança nas empresas e nas ONGs são iniciativas apoiadas na participação de atores sociais variados (“multistakeholders”) em mesas redondas internacionais com a ambição de chegar a padrões socioambientais capazes de interferir de forma decisiva na governança dos mercados. Benjamin Cashore, professor da Universidade de Yale, mostra que essa “governança não estatal dirigida pelo mercado” (“non state market driven governance”) vai muito além de uma atitude ocasional e oportunista, pois cria um conjunto de normas e valores aos quais os protagonistas (empresas, ONGs, organizações de consumidores e os próprios governos) aderem de forma crescente. Forma-se uma espécie de complexo “ONGs/indústria” exprimindo um novo padrão de regulação privada transnacional.
A cadeia de demandas e de garantias embutidas na licença para operar das empresas vai muito além do que é negociado habitualmente nas cadeias de suprimento. Não se trata apenas da acusação direta a alguns setores e empresas com condutas especialmente danosas. Muito mais que isso, trata-se de organizar os mercados com base na tentativa de expor publicamente seus principais impactos socioambientais.
Um dos mais bem sucedidos exemplos nessa direção é a moratória da soja, na Amazônia, que, desde 2006, põe em prática um sistema em que as empresas participantes não compram o produto vindo de áreas recentemente desmatadas. Não é possível conhecer ainda os efeitos do caso mais recente do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável, mas não é irrelevante assinalar que os compromissos inicialmente adotados tiveram como ponto de partida o consenso de que a produção economicamente viável de carne no Brasil pode ser levada adiante sem que o desmatamento prossiga.
A pesquisa recente sobre esse tema mostra ao menos quatro traços importantes dessas novas formas de organização dos mercados. Em primeiro lugar, mesmo que inspiradas inicialmente em produtos de nicho (agricultura orgânica, café e cacau de comércio justo – “fair trade”, entre outros), compromissos em torno de padrões produtivos entram de forma impressionante no mundo dos produtos indiferenciados, das commodities: o respeito aos parâmetros da Better Sugar Initiative, por exemplo, deverá ser uma condição decisiva para que o etanol brasileiro possa fazer parte da descarbonização da matriz energética dos transportes na União Europeia. Padrões socioambientais tendem a funcionar como parâmetros que regem o comportamento de todo um setor e não apenas como traço particular de certos produtos especiais.
O segundo traço fundamental destas novas formas de certificação é que elas tendem a atingir segmentos altamente internacionalizados: em mercados globais aumentam as chances de pressão social e os riscos empresariais de perda de reputação no caso de denúncias com alta repercussão pela mídia.
Ao mesmo tempo, como mostram os trabalhos recentes de Thierry Hommel, pesquisador francês da Fondation Nationale des Sciences Politiques, nem todas as firmas são igualmente sensíveis a essas pressões: empresas cujos ativos não são facilmente transferíveis e que contam com grandes investimentos iniciais são mais propensas ao diálogo social, como forma de afirmação diante da concorrência, do que aquelas marcadas por maior mobilidade.
Seria, no entanto, uma ambição tecnocrática imaginar que certificações pudessem chegar a um conjunto coerente e unitário dizendo de uma vez por todas quais as melhores práticas para cada setor. Exatamente por se tratar de um processo tenso e conflituoso de construção social, os indicadores de conduta socioambiental adequada são muito variados. Examinar esses parâmetros como expressão dos interesses e da força dos diferentes participantes nessas iniciativas é uma das mais férteis linhas de pesquisa nessa direção.
A quarta característica é que exatamente por se tratar cada vez menos de produtos de nicho, esses padrões socioambientais só podem operar de forma minimamente eficiente com base em interação construtiva com o Estado: que se trate da necessidade de regularizar a questão fundiária na Amazônia e na Indonésia ou do cumprimento da legislação ambiental e trabalhista, as exigências socioambientais do setor privado dificilmente podem ser cumpridas sem um aparato legislativo e um corpo administrativo estatal minimamente eficiente.
Esses temas serão discutidos num workshop internacional com a presença de pesquisadores latino-americanos, dos Estados Unidos e da França organizado pelo Núcleo de Economia Socioambiental da FEA/USP, pela Universidade do Texas, com apoio da Associação Latino-americana de Sociologia (LASA) e da Fapesp. O workshop (“Civil-Society-Led Corporate Governance in Latin America: Critical Research Issues and Opportunities for Collaboration”), acontece nos dias 30 e 31 de agosto na FEA/USP. Para outras informações, ver www.nesa.org.br/ .
*Ricardo Abramovay é professor titular do departamento de Economia da FEA/USP, coordenador de seu Núcleo de Economia Socioambiental, pesquisador do CNPq e da FAPESP www.abramovay.pro.br/
As condições de funcionamento dos mercados de algumas das principais commodities brasileiras transformaram-se de forma impressionante nos últimos cinco anos. Soja, biocombustíveis, madeira, carne, algodão, óleo de palma estão entre os produtos cujos mercados passam a organizar-se de forma crescente com a participação de organizações não governamentais (ONGs) em seu interior.
Além da agropecuária, o Instituto Carvão Social é uma iniciativa compulsória que controla condições de trabalho na cadeia da siderurgia. A mudança é de mão dupla: as empresas e as associações empresariais passam a procurar parâmetros de julgamento de suas atividades que vão muito além do balanço contábil ou da remuneração dos acionistas. Isso supõe a formulação de vários indicadores como o uso de materiais e energia, o balanço de emissões de gases de efeito estufa e o conhecimento dos impactos do que fazem as firmas tanto sobre a biodiversidade como sobre as populações que se encontram ao longo de suas cadeias de valor. Por outro lado, as próprias ONGs também alteram seus procedimentos. Tornam-se protagonistas de negociações diretas com o setor privado, o que exige preparação técnica e um tipo de agenda quase ausente de seu horizonte até poucos anos atrás.
Um dos resultados dessa dupla mudança nas empresas e nas ONGs são iniciativas apoiadas na participação de atores sociais variados (“multistakeholders”) em mesas redondas internacionais com a ambição de chegar a padrões socioambientais capazes de interferir de forma decisiva na governança dos mercados. Benjamin Cashore, professor da Universidade de Yale, mostra que essa “governança não estatal dirigida pelo mercado” (“non state market driven governance”) vai muito além de uma atitude ocasional e oportunista, pois cria um conjunto de normas e valores aos quais os protagonistas (empresas, ONGs, organizações de consumidores e os próprios governos) aderem de forma crescente. Forma-se uma espécie de complexo “ONGs/indústria” exprimindo um novo padrão de regulação privada transnacional.
A cadeia de demandas e de garantias embutidas na licença para operar das empresas vai muito além do que é negociado habitualmente nas cadeias de suprimento. Não se trata apenas da acusação direta a alguns setores e empresas com condutas especialmente danosas. Muito mais que isso, trata-se de organizar os mercados com base na tentativa de expor publicamente seus principais impactos socioambientais.
Um dos mais bem sucedidos exemplos nessa direção é a moratória da soja, na Amazônia, que, desde 2006, põe em prática um sistema em que as empresas participantes não compram o produto vindo de áreas recentemente desmatadas. Não é possível conhecer ainda os efeitos do caso mais recente do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável, mas não é irrelevante assinalar que os compromissos inicialmente adotados tiveram como ponto de partida o consenso de que a produção economicamente viável de carne no Brasil pode ser levada adiante sem que o desmatamento prossiga.
A pesquisa recente sobre esse tema mostra ao menos quatro traços importantes dessas novas formas de organização dos mercados. Em primeiro lugar, mesmo que inspiradas inicialmente em produtos de nicho (agricultura orgânica, café e cacau de comércio justo – “fair trade”, entre outros), compromissos em torno de padrões produtivos entram de forma impressionante no mundo dos produtos indiferenciados, das commodities: o respeito aos parâmetros da Better Sugar Initiative, por exemplo, deverá ser uma condição decisiva para que o etanol brasileiro possa fazer parte da descarbonização da matriz energética dos transportes na União Europeia. Padrões socioambientais tendem a funcionar como parâmetros que regem o comportamento de todo um setor e não apenas como traço particular de certos produtos especiais.
O segundo traço fundamental destas novas formas de certificação é que elas tendem a atingir segmentos altamente internacionalizados: em mercados globais aumentam as chances de pressão social e os riscos empresariais de perda de reputação no caso de denúncias com alta repercussão pela mídia.
Ao mesmo tempo, como mostram os trabalhos recentes de Thierry Hommel, pesquisador francês da Fondation Nationale des Sciences Politiques, nem todas as firmas são igualmente sensíveis a essas pressões: empresas cujos ativos não são facilmente transferíveis e que contam com grandes investimentos iniciais são mais propensas ao diálogo social, como forma de afirmação diante da concorrência, do que aquelas marcadas por maior mobilidade.
Seria, no entanto, uma ambição tecnocrática imaginar que certificações pudessem chegar a um conjunto coerente e unitário dizendo de uma vez por todas quais as melhores práticas para cada setor. Exatamente por se tratar de um processo tenso e conflituoso de construção social, os indicadores de conduta socioambiental adequada são muito variados. Examinar esses parâmetros como expressão dos interesses e da força dos diferentes participantes nessas iniciativas é uma das mais férteis linhas de pesquisa nessa direção.
A quarta característica é que exatamente por se tratar cada vez menos de produtos de nicho, esses padrões socioambientais só podem operar de forma minimamente eficiente com base em interação construtiva com o Estado: que se trate da necessidade de regularizar a questão fundiária na Amazônia e na Indonésia ou do cumprimento da legislação ambiental e trabalhista, as exigências socioambientais do setor privado dificilmente podem ser cumpridas sem um aparato legislativo e um corpo administrativo estatal minimamente eficiente.
Esses temas serão discutidos num workshop internacional com a presença de pesquisadores latino-americanos, dos Estados Unidos e da França organizado pelo Núcleo de Economia Socioambiental da FEA/USP, pela Universidade do Texas, com apoio da Associação Latino-americana de Sociologia (LASA) e da Fapesp. O workshop (“Civil-Society-Led Corporate Governance in Latin America: Critical Research Issues and Opportunities for Collaboration”), acontece nos dias 30 e 31 de agosto na FEA/USP. Para outras informações, ver www.nesa.org.br/ .
*Ricardo Abramovay é professor titular do departamento de Economia da FEA/USP, coordenador de seu Núcleo de Economia Socioambiental, pesquisador do CNPq e da FAPESP www.abramovay.pro.br/
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Últimos dias para se inscrever no Programa Bayer Jovens Embaixadores Ambientais
Estudantes engajados em projetos socioambientais podem se inscrever até 27 de agosto e concorrer a um intercâmbio na Alemanha
As inscrições para a 7ª edição do Programa Bayer Jovens Embaixadores Ambientais terminam na sexta-feira, dia 27. Em uma parceria mundial entre a empresa alemã e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), os vencedores dos quatro melhores projetos socioambientais irão representar o Brasil no Encontro Internacional de Jovens Embaixadores Ambientais na Alemanha, em novembro deste ano. O programa possibilitará o intercâmbio com os vencedores de outros 17 países da América Latina, Ásia e África, além de palestras e visitas a instituições com as melhores práticas ambientais germânicas. Todas as despesas da viagem serão pagas pela Bayer.
Para se inscrever, o jovem deve acessar o site bayer.com.br/bayerjovens e descrever o projeto ambiental ou de responsabilidade social do qual participa, incluindo quais atividades realiza, os benefícios da iniciativa e quais resultados já alcançados. O projeto pode ser uma iniciativa própria ou conduzida por intermédio da iniciativa privada, de associações, entidades e/ou Organizações Não Governamentais (ONGs). Também é necessário que o jovem esteja regularmente matriculado no ensino médio, cursos universitários ou de pós-graduação reconhecidos pelo MEC, além de ter entre 18 e 24 anos de idade e falar inglês.
Acesse nossas Redes Sociais e conheça mais sobre o Bayer Jovens:
Site: www.bayer.com.br/bayerjovens
Blog: http://portaldovoluntario.org.br/blogs/83968
Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=104503165
Twitter: http://twitter.com/bayerjovens
Facebook: http://www.facebook.com/bayerjovens
Mais informações à imprensa:
Débora Vieira (dvieira@jeffreygroup.com)
(11) 2165-1627
Victor Francisco (vfrancisco@jeffreygroup.com)
(11) 2165-1649
As inscrições para a 7ª edição do Programa Bayer Jovens Embaixadores Ambientais terminam na sexta-feira, dia 27. Em uma parceria mundial entre a empresa alemã e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), os vencedores dos quatro melhores projetos socioambientais irão representar o Brasil no Encontro Internacional de Jovens Embaixadores Ambientais na Alemanha, em novembro deste ano. O programa possibilitará o intercâmbio com os vencedores de outros 17 países da América Latina, Ásia e África, além de palestras e visitas a instituições com as melhores práticas ambientais germânicas. Todas as despesas da viagem serão pagas pela Bayer.
Para se inscrever, o jovem deve acessar o site bayer.com.br/bayerjovens e descrever o projeto ambiental ou de responsabilidade social do qual participa, incluindo quais atividades realiza, os benefícios da iniciativa e quais resultados já alcançados. O projeto pode ser uma iniciativa própria ou conduzida por intermédio da iniciativa privada, de associações, entidades e/ou Organizações Não Governamentais (ONGs). Também é necessário que o jovem esteja regularmente matriculado no ensino médio, cursos universitários ou de pós-graduação reconhecidos pelo MEC, além de ter entre 18 e 24 anos de idade e falar inglês.
Acesse nossas Redes Sociais e conheça mais sobre o Bayer Jovens:
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Twitter: http://twitter.com/bayerjovens
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Mais informações à imprensa:
Débora Vieira (dvieira@jeffreygroup.com)
(11) 2165-1627
Victor Francisco (vfrancisco@jeffreygroup.com)
(11) 2165-1649
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Construa um mundo melhor - Uma boa jogada de Marina Silva!
Por: Blog Sustentabilidade em Movimento*
Independente da posição partidária, vejo o jogo (Construa Um Mundo Melhor) lançado no dia 18/08/201 para apoiar a campanha da Marina Silva, como uma proposta bem interessante.
Na minha leitura o jogo se bem divulgado terá um enorme potencial de envolver mais gente ausente da discussão política, um processo que só pode agregar na promoção e valorização da democracia. Isso porque o jogo tem uma dinâmica simples que não só facilita entender o que é um plano de governo, o que deve ser esperado de um presidenciável e claro de um candidato eleito, como coloca as pessoas como protagonistas desta posição.
Vejo a iniciativa com muito apreço, em que por meio da agenda do desenvolvimento sustentável, sua campanha está conseguindo ao meu ver, inovar a dinâmica eleitoral, fazendo um bom uso das mídias eletrônicas e das redes sociais, indo muito além da publicidade e do marketing. Neste ponto, me parece que sua campanha está conseguindo se espelhar na estratégia Obama, buscando gerar envolvimento e engajamento da população para sua proposta de governo.
Também se percebesse em sua campanha, um esforço de tornar a política um assunto mais interessante para muita gente, fator importante para um país que quer se desenvolver democraticamente.
Outro elemento de sua campanha que vejo como positivo, por isso, não poderia deixar de mencionar é o fato da sua plataforma pautar novos desafios para o país, que o Brasil precisa colocar sobre a mesa e envolver muito mais gente nessa discussão. Precisamos de mais pessoas discutindo como o país fará para assegurar uma rota de crescimento (desejada por todos) na proporção que estamos indo de forma mais justa, responsável e sustentável, considerando a todos em todos os lugares.
Haverá quem diga que isso é utopia.
Pois que seja uma utopia então.
Afinal a utopia também serve para gerar sonhos, criar expectativas e nos ajudar a construir novos caminhos.
*O Blog Sustentabilidade em Movimento é um espaço aberto que criei, com o objetivo de compartilhar de forma livre, minhas leituras e reflexões sobre as diferentes dimensões que a discussão sobre o desenvolvimento sustentável traz para a sociedade, assim como seus efeitos sobre as pessoas nos seus diferentes ambientes, espaços e papéis.
Fabiano Rangel
Independente da posição partidária, vejo o jogo (Construa Um Mundo Melhor) lançado no dia 18/08/201 para apoiar a campanha da Marina Silva, como uma proposta bem interessante.
Na minha leitura o jogo se bem divulgado terá um enorme potencial de envolver mais gente ausente da discussão política, um processo que só pode agregar na promoção e valorização da democracia. Isso porque o jogo tem uma dinâmica simples que não só facilita entender o que é um plano de governo, o que deve ser esperado de um presidenciável e claro de um candidato eleito, como coloca as pessoas como protagonistas desta posição.
Vejo a iniciativa com muito apreço, em que por meio da agenda do desenvolvimento sustentável, sua campanha está conseguindo ao meu ver, inovar a dinâmica eleitoral, fazendo um bom uso das mídias eletrônicas e das redes sociais, indo muito além da publicidade e do marketing. Neste ponto, me parece que sua campanha está conseguindo se espelhar na estratégia Obama, buscando gerar envolvimento e engajamento da população para sua proposta de governo.
Também se percebesse em sua campanha, um esforço de tornar a política um assunto mais interessante para muita gente, fator importante para um país que quer se desenvolver democraticamente.
Outro elemento de sua campanha que vejo como positivo, por isso, não poderia deixar de mencionar é o fato da sua plataforma pautar novos desafios para o país, que o Brasil precisa colocar sobre a mesa e envolver muito mais gente nessa discussão. Precisamos de mais pessoas discutindo como o país fará para assegurar uma rota de crescimento (desejada por todos) na proporção que estamos indo de forma mais justa, responsável e sustentável, considerando a todos em todos os lugares.
Haverá quem diga que isso é utopia.
Pois que seja uma utopia então.
Afinal a utopia também serve para gerar sonhos, criar expectativas e nos ajudar a construir novos caminhos.
*O Blog Sustentabilidade em Movimento é um espaço aberto que criei, com o objetivo de compartilhar de forma livre, minhas leituras e reflexões sobre as diferentes dimensões que a discussão sobre o desenvolvimento sustentável traz para a sociedade, assim como seus efeitos sobre as pessoas nos seus diferentes ambientes, espaços e papéis.
Fabiano Rangel
Marina Silva lança jogo online de sustentabilidade
Fonte: Época Negócios On Line - Tecneira (Tecnologia, web e suas repercursões na blogosfera)
Por: Rafale Barifouse - 18/08/2010
A candidata à presidência Marina Silva lançou hoje um jogo online com proposta sustentável.
No game “Um Mundo”, o usuário precisa construir seu próprio mundo a partir dos valores e princípios que a candidata defende, como o desenvolvimento sustentável e proteção ao meio ambiente. A intenção é conscientizar a população sobre a necessidade de políticas ambientais sólidas. “É uma forma interativa de demonstrar, na prática, que outro mundo é possível”, afirma Marina. Ao começar, o jogador escolhe uma das bandeiras da campanha. Conforme avança, pode escolher outras, como educação de qualidade, saúde em todos os sentidos, empregos de qualidade, cidades seguras, valorização da cultura e da arte, cultura de paz e cidadania plena e Amazônia viva. “Não é um game apenas para simpatizantes. Desenvolvemos um jogo fácil de ser usado por qualquer pessoa. Dispensa instalar programas especiais e é totalmente integrado às redes sociais existentes”, afirma a criadora do jogo Ana Valenzuela. O desenvolvimento do jogo foi concluído em três meses, envolveu 18 pessoas e mais de mil horas de trabalho.
Assim como no “Farmville”, sucesso do site de relacionamentos Facebook, os jogadores podem trocar presentes virtuais. Os jogadores ainda podem compartilhar seus mundos entre si ao abrí-los para visitas, o que faz com que o mundo cresça. “É a primeira vez que um jogo desse tipo, com essa capacidade de crescimento comunitário, é usado em uma campanha política”, diz o coordenador de meios digitais da campanha Caio Túlio Costa.
Esta não é a primeira iniciativa de Marina na internet. Para compensar o reduzido espaço na TV durante o horário eleitoral gratuito, a candidata adotou o estilo Obama de fazer campanha com presença forte em redes sociais. Atualmente, ela está terceiro lugar nas pesquisas para as eleições de outubro, com 8% das intenções de voto.
Por: Rafale Barifouse - 18/08/2010
A candidata à presidência Marina Silva lançou hoje um jogo online com proposta sustentável.
No game “Um Mundo”, o usuário precisa construir seu próprio mundo a partir dos valores e princípios que a candidata defende, como o desenvolvimento sustentável e proteção ao meio ambiente. A intenção é conscientizar a população sobre a necessidade de políticas ambientais sólidas. “É uma forma interativa de demonstrar, na prática, que outro mundo é possível”, afirma Marina. Ao começar, o jogador escolhe uma das bandeiras da campanha. Conforme avança, pode escolher outras, como educação de qualidade, saúde em todos os sentidos, empregos de qualidade, cidades seguras, valorização da cultura e da arte, cultura de paz e cidadania plena e Amazônia viva. “Não é um game apenas para simpatizantes. Desenvolvemos um jogo fácil de ser usado por qualquer pessoa. Dispensa instalar programas especiais e é totalmente integrado às redes sociais existentes”, afirma a criadora do jogo Ana Valenzuela. O desenvolvimento do jogo foi concluído em três meses, envolveu 18 pessoas e mais de mil horas de trabalho.
Assim como no “Farmville”, sucesso do site de relacionamentos Facebook, os jogadores podem trocar presentes virtuais. Os jogadores ainda podem compartilhar seus mundos entre si ao abrí-los para visitas, o que faz com que o mundo cresça. “É a primeira vez que um jogo desse tipo, com essa capacidade de crescimento comunitário, é usado em uma campanha política”, diz o coordenador de meios digitais da campanha Caio Túlio Costa.
Esta não é a primeira iniciativa de Marina na internet. Para compensar o reduzido espaço na TV durante o horário eleitoral gratuito, a candidata adotou o estilo Obama de fazer campanha com presença forte em redes sociais. Atualmente, ela está terceiro lugar nas pesquisas para as eleições de outubro, com 8% das intenções de voto.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Representantes e entidades apóiam campanha Carne Legal
Diante de ataques à campanha Carne Legal - do Ministério Público Federal do Pará (MPF/PA), com apoio do Idec e da Repórter Brasil -, representantes e entidades da sociedade civil divulgaram carta de apoio à iniciativa.
17/08/2010 - 12:05
Por Repórter Brasil
Diante dos ataques à campanha Carne Legal - lançada pelo Ministério Público Federal do Pará (MPF/PA) com apoio do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e da Repórter Brasil (saiba mais aqui) -, representantes e entidades da sociedade civil divulgaram o documento abaixo.
CARTA DE APOIO À CAMPANHA CARNE LEGAL.
17/08/2010 - 12:05
Por Repórter Brasil
Diante dos ataques à campanha Carne Legal - lançada pelo Ministério Público Federal do Pará (MPF/PA) com apoio do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e da Repórter Brasil (saiba mais aqui) -, representantes e entidades da sociedade civil divulgaram o documento abaixo.
CARTA DE APOIO À CAMPANHA CARNE LEGAL.
No início de junho deste ano o Ministério Público Federal (MPF), com o apoio do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e da organização Repórter Brasil, lançou uma campanha de orientação aos consumidores. A ação, batizada de Carne Legal, defende que optar pela compra de produtos bovinos de procedência regularizada é uma das formas mais eficazes para combater o desmatamento, o trabalho escravo e outros crimes no campo.Como uma base de dados para o consumidor, foi lançado um site pelo qual é possível saber quais as empresas - entre frigoríficos, curtumes e outros - se comprometeram com o MPF a só vender itens cuja produção respeitou a legislação vigente. Em uma palavra, trata-se de transparência.
É um primeiro passo, o início da caminhada que necessariamente deve chegar à implementação de um sistema que certifique e garanta a origem da carne e de outros produtos bovinos.
A Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) não quer esse mapeamento. A presidente da entidade, Kátia Abreu, ajuizou ação contra a campanha, alegando que a iniciativa não tem fundamento porque é impossível para a população certificar-se da origem da carne que consome. Ela reconhece que o problema existe e, em vez de ajudar a resolvê-lo, prefere atacar quem apontou um caminho.
Se a falta de informações sobre a legalidade desses produtos é evidente, o mínimo a ser feito é não denegrir quem se dispôs a encarar a questão. Para a presidente da CNA, a campanha é baseada em dados não comprováveis. No Brasil real, que parece não ser o da CNA, segundo dados do Programa de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 700 mil quilômetros quadrados da cobertura florestal da Amazônia foram desmatados nos últimos 40 anos (para termos uma idéia do tamanho do problema: o Estado de São Paulo tem 248 mil quilômetros quadrados), o que equivale a cerca de 15% da área total da floresta.
De acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), aproximadamente 80% das áreas desmatadas são destinadas à pecuária. Só no intervalo de 1996 a 2006 a área ocupada pelo pasto na Amazônia legal duplicou, chegando a 550 mil quilômetros quadrados (informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE).Para abrir as porteiras para os bois, muitas vezes trabalho escravo é usado no desmatamento de áreas que se tornarão pastos. Mais de 50% dos empregadores presentes no cadastro do Ministério do Trabalho e Emprego que relaciona empregadores flagrados com mão-de-obra escrava, conhecido como a "lista suja", criavam gado em suas propriedades.
Já sabemos: Kátia Abreu vai novamente tapar o sol com a peneira e negar a validade desses dados, que podem facilmente ser comprovados. E esse ataque covarde à campanha Carne Legal é só mais uma etapa da feroz batalha desempenhada pela presidente da CNA contra a legislação ambiental, em especial contra o Código Florestal, batalha que levou organizações ambientais a elegê-la Miss Desmatamento. A violência da CNA contra a campanha Carne Legal só comprova que ela tocou no ponto fraco da parcela dos pecuaristas que desmata e escraviza: se o consumidor puder tirar do mercado os ilegais, ele o fará.
Se o consumidor puder optar por comprar produtos que não estimulem o crime, inevitavelmente práticas como o desmatamento, o trabalho escravo e a invasão de terras públicas não terão mais sustentação econômica.Assim, é preciso dar continuidade à campanha. Não aceitamos que essa discussão seja camuflada. São as vidas de trabalhadores rurais escravizados e a garantia de um meio ambiente sustentável para a nossa e para as futuras gerações que estão em jogo. Reivindicando nosso direito à transparência, a instrumentos que nos permitam mudar essa realidade criminosa que se perpetua no campo brasileiro, registramos publicamente nosso apoio à campanha Carne Legal e a seus idealizadores, e nosso repúdio aos que tentam censurá-la.Subscrevem esta carta:
Candido Cunha, agrônomo, Incra, PA
Carlos Ansarah, agrônomo, Incra, PA
Carlos Tautz, jornalistas, Ibase, RJ
Comissão Pastoral da Terra (CPT) Nacional, GO
Comissão Pastoral da Terra (CPT) Pará, PA
Esplar Centro de Pesquisa e Assessoria, CE
Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), RJ
Instituto Observatório Social
Joao Alfredo Telles Melo, advogado, vereador pelo Psol, CE
Justiça Global, RJ
Karen Suassuna, WWF, DF
Padre Edilberto Sena,
Frente em Defesa da Amazônia, PA
Rede Brasil Sobre Instituições Financeiras Multilaterais, DF
Tarcísio Feitosa, ganhador do Prêmio Goldman Environmetal Prize 2006, PA
Tatiana Carvalho, agrônoma, WWF, DF
Toni Venturi, cineasta, SP
Fonte: Reporter Brasil
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sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Iniciativas de Sucesso - Reciclagem
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Iniciativas de Sucesso - Reciclagem
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Brasil e EUA fecham acordo que converte dívida em proteção ambiental
Camila Campanerut
Do UOL Notícias Em Brasília
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, assinou um acordo nesta quinta-feira (12) com o governo dos Estados Unidos para converter uma dívida no valor de US$ 21 milhões em ações de proteção das áreas da Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.
A dívida foi adquirida pelo governo brasileiro em período anterior à década de 1960 e era paga regularmente ao governo norte-americano. A partir de outubro, o fundo que será criado para receber estes cursos receberá o primeiro desembolso no valor aproximado de R$ 6 milhões.
“Em vez de ir para os EUA, o dinheiro vai para os fundos de proteção desses três biomas. Estamos, com isso, ampliando os investimentos de financiamento e suporte às políticas públicas ambientais”, afirmou a ministra.
O fundo será gerido por um comitê composto por nove integrantes, entre eles um representante da agência norte-americana de desenvolvimento --órgão que havia emprestado os recursos ao Brasil. O objetivo do comitê é definir e aprovar os projetos que serão beneficiados, relativos à conservação de áreas protegidas, manejo de recursos naturais e apoio às atividades sustentáveis das comunidades das regiões em questão.
Esse é o primeiro acordo do gênero entre Brasil e EUA e foi viabilizado por meio da lei norte-americana para a conservação de florestas tropicais, de 1998. O embaixador-chefe do departamento do Meio Ambiente e Temas Especiais do Itamaraty, Luís Alberto Figueiredo, diz que a demora de quase dez anos para o Brasil, tradicional parceiro comercial dos norte-americanos, fazer uso dessa lei se deve à complexidade dos “meandros fiscais” dos tesouros dos EUA e do Brasil.
Além do Brasil, outros 15 países já assinaram acordos semelhantes com os norte-americanos, como Bangladesh, Belize, Botsuana, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Indonésia, Jamaica, Panamá, Paraguai, Peru e Filipinas. O total do aporte já convertido em proteção ambiental dessa lei norte-americana é de US$ 239 milhões.
“Meio Ambiente é algo que afeta todo mundo, e os benefícios são sentidos por todos. Há ainda o aspecto econômico de ajudar as pessoas que moram nas florestas”, diz a representante dos EUA Lisa Kubiske, ministra conselheira da embaixada norte-americana no Brasil.
A ministra do Meio Ambiente disse que a Amazônia não foi contemplada no projeto por já ter um fundo próprio e contar com outras fontes de arrecadação.
Fonte: UOL Notícias
Data: 12/08/2010
Do UOL Notícias Em Brasília
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, assinou um acordo nesta quinta-feira (12) com o governo dos Estados Unidos para converter uma dívida no valor de US$ 21 milhões em ações de proteção das áreas da Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.
A dívida foi adquirida pelo governo brasileiro em período anterior à década de 1960 e era paga regularmente ao governo norte-americano. A partir de outubro, o fundo que será criado para receber estes cursos receberá o primeiro desembolso no valor aproximado de R$ 6 milhões.
“Em vez de ir para os EUA, o dinheiro vai para os fundos de proteção desses três biomas. Estamos, com isso, ampliando os investimentos de financiamento e suporte às políticas públicas ambientais”, afirmou a ministra.
O fundo será gerido por um comitê composto por nove integrantes, entre eles um representante da agência norte-americana de desenvolvimento --órgão que havia emprestado os recursos ao Brasil. O objetivo do comitê é definir e aprovar os projetos que serão beneficiados, relativos à conservação de áreas protegidas, manejo de recursos naturais e apoio às atividades sustentáveis das comunidades das regiões em questão.
Esse é o primeiro acordo do gênero entre Brasil e EUA e foi viabilizado por meio da lei norte-americana para a conservação de florestas tropicais, de 1998. O embaixador-chefe do departamento do Meio Ambiente e Temas Especiais do Itamaraty, Luís Alberto Figueiredo, diz que a demora de quase dez anos para o Brasil, tradicional parceiro comercial dos norte-americanos, fazer uso dessa lei se deve à complexidade dos “meandros fiscais” dos tesouros dos EUA e do Brasil.
Além do Brasil, outros 15 países já assinaram acordos semelhantes com os norte-americanos, como Bangladesh, Belize, Botsuana, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Indonésia, Jamaica, Panamá, Paraguai, Peru e Filipinas. O total do aporte já convertido em proteção ambiental dessa lei norte-americana é de US$ 239 milhões.
“Meio Ambiente é algo que afeta todo mundo, e os benefícios são sentidos por todos. Há ainda o aspecto econômico de ajudar as pessoas que moram nas florestas”, diz a representante dos EUA Lisa Kubiske, ministra conselheira da embaixada norte-americana no Brasil.
A ministra do Meio Ambiente disse que a Amazônia não foi contemplada no projeto por já ter um fundo próprio e contar com outras fontes de arrecadação.
Fonte: UOL Notícias
Data: 12/08/2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Nicholas Stern: é difícil atribuir valor econômico à biodiversidade
Desde 2007, vem sendo realizado o estudo que ganhou o nome de TEEB – The Economics of Ecosystems and Biodiverstity (A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade). Vinculado ao PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e coordenado pelo indiano Pavan Sukhdev, economista sênior do Deutsche Bank, a pesquisa procura revelar os benefícios econômicos da preservação da biodiversidade e mostrar os altos custos de sua perda e da degradação dos ecossistemas. Por esse motivo, acabou ganhando o apelido de “Relatório Stern da Biodiversidade”.
Hoje, o próprio Nicholas Stern, autor do Relatório Stern - que mostra os custos das mudanças climáticas para a economia mundial - comentou sobre a iniciativa durante a coletiva que concedeu à imprensa, como parte da programação do Fórum de Varejo 2010, organizado pelo Wall Mart.
Stern elogiou o trabalho de Pavan Sukhdev e reconheceu que fazer a análise econômica da biodiversidade é ainda mais difícil e complexo do que medir os impactos econômicos das mudanças climáticas. Ele apontou duas razões para isso:
Os benefícios trazidos pela biodiversidade devem ser valorados em termos de oportunidades futuras. “Estou convencido de que temos conhecimento e matérias-primas, mas é difícil medir o valor dos recursos que vão produzir as novidades que ainda não conhecemos”, explicou.
Fonte: Planeta Sustentável
10/08/2010 às 18:37
Hoje, o próprio Nicholas Stern, autor do Relatório Stern - que mostra os custos das mudanças climáticas para a economia mundial - comentou sobre a iniciativa durante a coletiva que concedeu à imprensa, como parte da programação do Fórum de Varejo 2010, organizado pelo Wall Mart.
Stern elogiou o trabalho de Pavan Sukhdev e reconheceu que fazer a análise econômica da biodiversidade é ainda mais difícil e complexo do que medir os impactos econômicos das mudanças climáticas. Ele apontou duas razões para isso:
Os benefícios trazidos pela biodiversidade devem ser valorados em termos de oportunidades futuras. “Estou convencido de que temos conhecimento e matérias-primas, mas é difícil medir o valor dos recursos que vão produzir as novidades que ainda não conhecemos”, explicou.
- Há muita instabilidade nos ecossistemas do mundo. “É muito difícil medir os impactos econômicos da perda de determinadas espécies, especialmente pelo fato de elas serem interdependentes”.Ainda assim, o economista se disse convencido de que a conservação da biodiversidade tem muito valor e de que vale gastar quantias modestas para protegê-la.
Fonte: Planeta Sustentável
10/08/2010 às 18:37
sábado, 7 de agosto de 2010
O problema do elogio - Superinteressante
O problema do elogio
Diz o ditado que elogiar nunca é demais. Diz a ciência que não é bem assim. Na próxima vez que afagar o ego alheio, escolha bem as palavras. Do contrário, o alvo delas pode se tornar um dos maiores fracassados que você já conheceu
por Marisa Adán Gil
Você deve ser muito inteligente. Afinal, está lendo a SUPER. Passou por reportagens sobre assuntos complexos, que exploram a ciência, a economia, a geologia e até a insetologia. Estamos orgulhosos. Assim você vai longe! Em breve estará entre os maiores pensadores brasileiros. Rumo ao Nobel, hein?
...
Comentários do Blog sobre a matéria
Fabiano Rangel
Data: 07/08/2010
A matéria coloca foco na forma como nosso cérebro recebe, processa e responde aos elogios. A abordagem me pareceu bastante interessante, pela simplicidade e objetividade na lida com o assunto.
Em uma primeira leitura, partindo do título, pode parecer até algo meio desconecto e estranho ao o foco deste blog, mas abstraindo a isso e buscando as conexões das entrelinhas será possível perceber que o assunto pela sua abordagem guarda uma boa relação sobre as reflexões de sustentabilidade aqui discutidas e apresentadas, em especial quando se coloca uma lupa sobre o ambiente corporativo.
Estamos cada vez mais vivendo em uma sociedade de indivíduos e ao mesmo tempo paradoxal, pois de um lado a singularidade ganha cada vez mais importância, contudo, não estamos reconhecendo valor nos indivíduos e suas singularidades, mas sim no individualismo, que são coisas bem diferentes. O que se percebe na prática é essa confusão e um peso na balança mais acentuado para a valorização do individualismo.
Neste ponto a matéria traz uma leitura interessante, em especial quando ela explora a favor do que os elogios são praticados no meio corporativo. Organizações que por excelência, deveriam valorizar a composição e interação das pessoas nelas presentes, porque é disso que as empresas são formadas, geralmente se furtam a essa premissa, descuidadas deixam buracos em que as pessoas passam a trabalhar por si mesmas, aflorando toda a sua carga de individualismo.
Quando olhamos para a dinâmica do "greenwaching" uma prática empresarial cada vez mais criticada. O que está por traz? O que as organizações que praticam esse tipo de publicidade estão buscando? Seria a melhoria de critérios e atributos de seus produtos e serviços, para que estes estejam mais alinhados as necessidades, expectativas e demandas de uma sociedade mais justa, sustentável e responsável? Será isso mesmo?
Será que na realidade o que estão buscando não é apenas um reconhecimento, um elogio conquistado pelo caminho mais fácil, de menos esforço, porque tiveram a astucia de perceber que a sociedade está ávida por ofertas com essa essência e ai existe uma "ótima" oportunidade de ganhar mais marketing share.
Voltamos para questão da “individualidade vs o individualismo”. Certas questões para serem bem trabalhadas precisam de uma inversão de paradigma, mudar a lógica. Toda e qualquer atividade empresarial, pode e na minha opinião deve, buscar meios de tornar sua existência na sociedade mais responsável e sustentável e se for feliz nessa empreitada deve sim ser reconhecida por este esforço e pelos resultados, e, isso será o reconhecimento da sua individualidade. Contudo, nenhuma organização conseguirá de fato alcançar esse patamar se entrar nessa empreitada sozinha e isso muda muito a lógica atual, em que a competição precisa ceder espaço para a cooperação, algo ainda bem distante da nossa realidade concorrência e mercadológica. Isso porque, além de outros fatores nós enquanto pessoas, tomando decisões a frente das organizações estamos melhor preparados para o individualismo, ainda não nos foi ensinado e também não colocamos os devidos esforços para aprender a reconhecer a importância de cada indivíduo e da cooperação entre eles.
Segundo a matéria a forma como somos motivados desde casa pode favorecer ou dificultar essa visão mais voltada cooperação ou competição. Fica a dica!
Diz o ditado que elogiar nunca é demais. Diz a ciência que não é bem assim. Na próxima vez que afagar o ego alheio, escolha bem as palavras. Do contrário, o alvo delas pode se tornar um dos maiores fracassados que você já conheceu
por Marisa Adán Gil
Você deve ser muito inteligente. Afinal, está lendo a SUPER. Passou por reportagens sobre assuntos complexos, que exploram a ciência, a economia, a geologia e até a insetologia. Estamos orgulhosos. Assim você vai longe! Em breve estará entre os maiores pensadores brasileiros. Rumo ao Nobel, hein?
...
Comentários do Blog sobre a matéria
Fabiano Rangel
Data: 07/08/2010
A matéria coloca foco na forma como nosso cérebro recebe, processa e responde aos elogios. A abordagem me pareceu bastante interessante, pela simplicidade e objetividade na lida com o assunto.
Em uma primeira leitura, partindo do título, pode parecer até algo meio desconecto e estranho ao o foco deste blog, mas abstraindo a isso e buscando as conexões das entrelinhas será possível perceber que o assunto pela sua abordagem guarda uma boa relação sobre as reflexões de sustentabilidade aqui discutidas e apresentadas, em especial quando se coloca uma lupa sobre o ambiente corporativo.
Estamos cada vez mais vivendo em uma sociedade de indivíduos e ao mesmo tempo paradoxal, pois de um lado a singularidade ganha cada vez mais importância, contudo, não estamos reconhecendo valor nos indivíduos e suas singularidades, mas sim no individualismo, que são coisas bem diferentes. O que se percebe na prática é essa confusão e um peso na balança mais acentuado para a valorização do individualismo.
Neste ponto a matéria traz uma leitura interessante, em especial quando ela explora a favor do que os elogios são praticados no meio corporativo. Organizações que por excelência, deveriam valorizar a composição e interação das pessoas nelas presentes, porque é disso que as empresas são formadas, geralmente se furtam a essa premissa, descuidadas deixam buracos em que as pessoas passam a trabalhar por si mesmas, aflorando toda a sua carga de individualismo.
Quando olhamos para a dinâmica do "greenwaching" uma prática empresarial cada vez mais criticada. O que está por traz? O que as organizações que praticam esse tipo de publicidade estão buscando? Seria a melhoria de critérios e atributos de seus produtos e serviços, para que estes estejam mais alinhados as necessidades, expectativas e demandas de uma sociedade mais justa, sustentável e responsável? Será isso mesmo?
Será que na realidade o que estão buscando não é apenas um reconhecimento, um elogio conquistado pelo caminho mais fácil, de menos esforço, porque tiveram a astucia de perceber que a sociedade está ávida por ofertas com essa essência e ai existe uma "ótima" oportunidade de ganhar mais marketing share.
Voltamos para questão da “individualidade vs o individualismo”. Certas questões para serem bem trabalhadas precisam de uma inversão de paradigma, mudar a lógica. Toda e qualquer atividade empresarial, pode e na minha opinião deve, buscar meios de tornar sua existência na sociedade mais responsável e sustentável e se for feliz nessa empreitada deve sim ser reconhecida por este esforço e pelos resultados, e, isso será o reconhecimento da sua individualidade. Contudo, nenhuma organização conseguirá de fato alcançar esse patamar se entrar nessa empreitada sozinha e isso muda muito a lógica atual, em que a competição precisa ceder espaço para a cooperação, algo ainda bem distante da nossa realidade concorrência e mercadológica. Isso porque, além de outros fatores nós enquanto pessoas, tomando decisões a frente das organizações estamos melhor preparados para o individualismo, ainda não nos foi ensinado e também não colocamos os devidos esforços para aprender a reconhecer a importância de cada indivíduo e da cooperação entre eles.
Segundo a matéria a forma como somos motivados desde casa pode favorecer ou dificultar essa visão mais voltada cooperação ou competição. Fica a dica!
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Lula sanciona lei que cria Política Nacional dos Resíduos Sólidos
Legislação prevê que empresas recolham embalagens usadas de produtos.
Também exige que as pessoas separem o lixo onde houver coleta seletiva.
Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
08/2010 16h41 - Atualizado em 02/08/2010 20h08
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira (2) a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, que tem o objetivo de incentivar a reciclagem de lixo e o correto manejo de produtos usados com alto potencial de contaminação. Entre as novidades na nova lei está a criação da “logística reversa”, que obriga os fabricantes, distribuidores e vendedores a recolher embalagens usadas. A medida vale para materiais agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos.
A legislação também determina que as pessoas façam a separação doméstico nas cidades onde há coleta seletiva. Catadores e a indústria de reciclagem receberão incentivos da União. Além disso, os municípios só receberão recursos do governo federal para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos depois de aprovarem planos de gestão. A lei ainda precisa passar por regulamentação. Será necessário, por exemplo, estabelecer um prazo de adaptação para as empresas e disciplinar o tipo de tratamento que deve ser dado a cada tipo de material.
De acordo com Lula, a regulamentação deve sair em 90 dias. "Nós temos que ter cuidado para não demorar pare regulamentar. Não podemos passar de 90 dias", afirmou ele durante cerimônia de sanção da lei.
O objetivo das novas regras é estabelecer a responsabilidade compartilhada entre a sociedade, empresas, governos estaduais, a união e prefeituras no manejo correto do lixo. "A adoção de uma lei nacional para disciplinar o manejo de resíduos é uma revolução em termos ambientais. O maior mérito, contudo, é a inclusão social de trabalhadores que durante anos foram esquecidos e maltratados pelo poder público", disse o presidente.
A lei proíbe ainda a criação de lixões onde os resíduos são lançados a céu aberto. Todas as prefeituras terão que construir aterros sanitários ambientalmente sustentáveis, onde só poderão ser depositados resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento. Será vetado também catar lixo, morar ou criar animais nesses aterros. A legislação proíbe ainda a importação de qualquer tipo de lixo.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a produção diária de lixo nas cidades brasileiras chega a 150 mil toneladas. Deste total, 59% vão para lixões e apenas 13% são reaproveitados. O ministério informou ainda que Orçamento de 2011 prevê R$ 1 bilhão para financiamentos e incentivos do governo a reciclagem. Além disso, a Caixa Econômica Federal terá R$ 500 milhões disponíveis em crédito para cooperativas de catadores e projetos que tratam de manejo de resíduos.
Também exige que as pessoas separem o lixo onde houver coleta seletiva.
Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
08/2010 16h41 - Atualizado em 02/08/2010 20h08
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira (2) a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, que tem o objetivo de incentivar a reciclagem de lixo e o correto manejo de produtos usados com alto potencial de contaminação. Entre as novidades na nova lei está a criação da “logística reversa”, que obriga os fabricantes, distribuidores e vendedores a recolher embalagens usadas. A medida vale para materiais agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos.
A legislação também determina que as pessoas façam a separação doméstico nas cidades onde há coleta seletiva. Catadores e a indústria de reciclagem receberão incentivos da União. Além disso, os municípios só receberão recursos do governo federal para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos depois de aprovarem planos de gestão. A lei ainda precisa passar por regulamentação. Será necessário, por exemplo, estabelecer um prazo de adaptação para as empresas e disciplinar o tipo de tratamento que deve ser dado a cada tipo de material.
De acordo com Lula, a regulamentação deve sair em 90 dias. "Nós temos que ter cuidado para não demorar pare regulamentar. Não podemos passar de 90 dias", afirmou ele durante cerimônia de sanção da lei.
O objetivo das novas regras é estabelecer a responsabilidade compartilhada entre a sociedade, empresas, governos estaduais, a união e prefeituras no manejo correto do lixo. "A adoção de uma lei nacional para disciplinar o manejo de resíduos é uma revolução em termos ambientais. O maior mérito, contudo, é a inclusão social de trabalhadores que durante anos foram esquecidos e maltratados pelo poder público", disse o presidente.
A lei proíbe ainda a criação de lixões onde os resíduos são lançados a céu aberto. Todas as prefeituras terão que construir aterros sanitários ambientalmente sustentáveis, onde só poderão ser depositados resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento. Será vetado também catar lixo, morar ou criar animais nesses aterros. A legislação proíbe ainda a importação de qualquer tipo de lixo.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a produção diária de lixo nas cidades brasileiras chega a 150 mil toneladas. Deste total, 59% vão para lixões e apenas 13% são reaproveitados. O ministério informou ainda que Orçamento de 2011 prevê R$ 1 bilhão para financiamentos e incentivos do governo a reciclagem. Além disso, a Caixa Econômica Federal terá R$ 500 milhões disponíveis em crédito para cooperativas de catadores e projetos que tratam de manejo de resíduos.
Exploração sexual infantil se dissemina ao longo da nova rodovia no Peru
Comentários do Blog Sustentabilidade em Movimento sobre o título da matéria.
O Título original da matéria é "Prostituição infantil se dissemina ao longo da nova rodovia no Perú.
Considerando a atual discussão sobre violações de direitos humanos fundamentais de crianças e adolescentes, optamos por alterar a introdução do título da matéria para exploração sexual.
O termo exploração reconhece que crianças e adolescentes sexualmente exploradas são vítimas independente das circunstâncias, pois seus direitos fundamentais são brutalmente violados, ainda que alguém afirme que uma criança ou adolescente esteja nessa condição por que quer, este público não é dotado de dissernimento completo, que lhe dê todas as condições para entender os reflexos da suas decisões no médio e longo prazo, em especial, quando comparado com seu "explorador", geralmente um adulto que tem seu dissernimento completo é detentor de uma decisão importante, a de não ter obter vantagens ou de ter seus desejos sexuais satisfeitos diante de uma violência dessa natureza.
Inclusive essa já é uma questão já resolvida na legislação brasileira, ver artigos 244-A e seguintes do ECA (Lei 8069/1990).
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Às quatro da manhã, Teresa veste a pouca roupa que trouxe, uma por cima de outra. Ela tem apenas 14 anos e nem sabe aonde está. Espera algumas horas e, ao comprovar que todos ainda estão dormindo, sai em disparada pela entrada do bordel sem olhar para trás. Faz três dias que ela chegou. O lugar é uma cabana coberta de lona azul e forrada com pôsteres de mulheres nuas com um tubo no meio rodeado de cadeiras, onde garimpeiros ilegais vêm tomar cerveja e deitar-se com uma menina.
Alfonso Daniels/Opera Mundi - Os bordéis onde meninas são exploradas sexualmente são apenas choupanas cobertas de lona
"Eu corri, corri, corri até encontrar um senhor numa moto que me tirou de lá. Graças a Deus, me salvei. Estava perdida e, além do mais, de noite tudo é escuro, não há lâmpadas nem nada. O policial depois me parabenizou, disse que era um milagre eu ter saído viva, pois lá ninguém se salva. Eles te estupram e te jogam no matagal", conta a menina, que não pode revelar o verdadeiro nome por razões de segurança.
Passaram-se dois dias desde aquela noite e Teresa fala no único abrigo para crianças exploradas na região de Madre de Dios, no coração da Amazônia peruana, enquanto espera seus pais chegarem de Lima.
A um quarteirão dali, passa a nova rodovia Interoceânica, prevista para ser concluída no fim do ano, provocando uma febre do ouro ao facilitar a chegada de pessoas e suprimentos e, ao mesmo tempo, uma explosão nas redes de prostituição infantil para saciar os apetites sexuais dos garimpeiros.
Entidades de defesa dos direitos humanos estimam que todo ano chegam cerca de 1.200 meninas de 12 a 17 anos aos bordéis em meio aos imensos acampamentos à beira da estrada que servem de ponto de abastecimento dos garimpeiros. Ou, em vez disso, estão nos vilarejos miseráveis do garimpo dentro da mata, em lugares como Guacamayo, Delta 1 e Delta 2, verdadeiros desertos aonde só é possível chegar de motocicleta, por caminhos estreitos que partem da rodovia.
Os bordéis têm nomes como "FBI" e "Noche Azul" e ficam ao lado de outras cabanas que oferecem lavagem da moto, telefone e futebol na televisão sob um calor forte, mau cheiro do esgoto a céu aberto e uma atordoante música salsa. Assim que a reportagem do Opera Mundi chegou ao vilarejo, duas meninas se aventuraram do lado de fora, mas logo deram meia volta quando um homem fez um gesto com a mão, enquanto a poucos passos dali um grupo de garimpeiros assistia à partida entre Itália e Paraguai na Copa do Mundo.
Promessas falsas
As meninas são trazidas de outras regiões do país com a promessa de trabalhos simples e bem remunerados - que, na verdade, não existem. "Elas recebem propostas para cuidar de bebês, trabalhar em uma loja de roupas, acompanhar crianças à escola por 500 soles (180 dólares) por mês. As garotas se surpreendem, pois uma empregada doméstica em Cuzco, por exemplo, ganha em média 80 soles. Quando chegam, no entanto, são levadas para os acampamentos de garimpeiros e de lá não saem mais", diz Óscar Guadalupe, diretor da Associação Huarayo, que administra o abrigo onde estava Teresa.
Desde outubro de 2008, 72 meninas foram atendidas no abrigo, um edifício simples de madeira com desenhos de crianças sorridentes pendurados nas paredes, em uma rua secundária de Mazuko, porta de entrada da região. Mas nem todas tiveram tanta sorte quanto Teresa. "Havia uma menina de 16 anos que também se negou a atender", lembra Guadalupe.
"O marido da dona do bar a violentou, engravidou e a fez abortar. A menina teve uma infecção terrível. Ele a mantinha trancada com cadeado, até que um dia pediu que ela fosse à farmácia buscar uma vacina. Foi quando ela fugiu".
Dívida eterna
A maioria não consegue nem isso. A polícia afirma que existe uma espécie de acordo de controle entre donos de bares e garimpeiros: quando veem que uma menina escapa, comunicam-se para impedir que ela passe. Das maiores de idade, eles costumam tomar os documentos. Às menores, prometem o pagamento para quando forem embora, o que raramente acontece.
Além disso, põem todos os gastos na conta da menina - desde um copo quebrado até o dinheiro que a cafetina teve de pagar por ela: 5 gramas de ouro, no caso de uma garota de aparência andina, ou 10 se ela for "A1" (ou seja, da cidade). Por isso, as meninas acabam "endividadas" com a aliciadora.
Perguntado se recebe ajuda oficial, Guadalupe faz um gesto resignado: "Não fazem quase nada. Tentamos incentivar intervenções policiais e às vezes temos sucesso, como em fevereiro do ano passado, quando resgatamos 12 vítimas. Mas há dedos-duros na polícia que avisam sobre qualquer intervenção. O que conseguimos é muito pouco, apenas um grão de areia".
A vida na Amazônia cruzada pela Rodovia Interoceânica
Alfonso Daniels/Opera Mundi - Placa indicando a construção da Rodovia Intero- ceânica, que deve ficar pronta até o fim do ano Promessas falsas
As meninas são trazidas de outras regiões do país com a promessa de trabalhos simples e bem remunerados - que, na verdade, não existem. "Elas recebem propostas para cuidar de bebês, trabalhar em uma loja de roupas, acompanhar crianças à escola por 500 soles (180 dólares) por mês. As garotas se surpreendem, pois uma empregada doméstica em Cuzco, por exemplo, ganha em média 80 soles. Quando chegam, no entanto, são levadas para os acampamentos de garimpeiros e de lá não saem mais", diz Óscar Guadalupe, diretor da Associação Huarayo, que administra o abrigo onde estava Teresa.
Desde outubro de 2008, 72 meninas foram atendidas no abrigo, um edifício simples de madeira com desenhos de crianças sorridentes pendurados nas paredes, em uma rua secundária de Mazuko, porta de entrada da região. Mas nem todas tiveram tanta sorte quanto Teresa. "Havia uma menina de 16 anos que também se negou a atender", lembra Guadalupe.
"O marido da dona do bar a violentou, engravidou e a fez abortar. A menina teve uma infecção terrível. Ele a mantinha trancada com cadeado, até que um dia pediu que ela fosse à farmácia buscar uma vacina. Foi quando ela fugiu".
Dívida eterna
A maioria não consegue nem isso. A polícia afirma que existe uma espécie de acordo de controle entre donos de bares e garimpeiros: quando veem que uma menina escapa, comunicam-se para impedir que ela passe. Das maiores de idade, eles costumam tomar os documentos. Às menores, prometem o pagamento para quando forem embora, o que raramente acontece.
Além disso, põem todos os gastos na conta da menina - desde um copo quebrado até o dinheiro que a cafetina teve de pagar por ela: 5 gramas de ouro, no caso de uma garota de aparência andina, ou 10 se ela for "A1" (ou seja, da cidade). Por isso, as meninas acabam "endividadas" com a aliciadora.
Perguntado se recebe ajuda oficial, Guadalupe faz um gesto resignado: "Não fazem quase nada. Tentamos incentivar intervenções policiais e às vezes temos sucesso, como em fevereiro do ano passado, quando resgatamos 12 vítimas. Mas há dedos-duros na polícia que avisam sobre qualquer intervenção. O que conseguimos é muito pouco, apenas um grão de areia".
A vida na Amazônia cruzada pela Rodovia Interoceânica
A construção da estrada Interoceânica - também chamada de Rodovia do Pacífico ou Corredor Bioceânico, por ligar os dois oceanos que banham a América do Sul - promete levar desenvolvimento ao interior do continente, mas também está tendo impacto ambiental e social no meio da Amazônia.
Alfonso Daniels/Opera Mundi - Aspecto do ponto em que termina a floresta e começa o descampado onde fica o vilarejo de GuacamayoGarimpo, desmatamento, extração ilegal de madeira, contaminação por mercúrio, prostituição infantil e violência são alguns dos problemas vistos e documentados pela reportagem do Opera Mundi. Veja abaixo imagens das paisagens e personagens encontrados pela reportagem nas matas, rios e povoados da região.
Fonte: Opera Mundi – UOL
Link: http://operamundi.uol.com.br/reportagens_especiais_ver.php?idConteudo=5394
31/07/2010 - 15:12 Alfonso Daniels enviado especial a Puerto Maldonado
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