O problema do elogio
Diz o ditado que elogiar nunca é demais. Diz a ciência que não é bem assim. Na próxima vez que afagar o ego alheio, escolha bem as palavras. Do contrário, o alvo delas pode se tornar um dos maiores fracassados que você já conheceu
por Marisa Adán Gil
Você deve ser muito inteligente. Afinal, está lendo a SUPER. Passou por reportagens sobre assuntos complexos, que exploram a ciência, a economia, a geologia e até a insetologia. Estamos orgulhosos. Assim você vai longe! Em breve estará entre os maiores pensadores brasileiros. Rumo ao Nobel, hein?
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Comentários do Blog sobre a matéria
Fabiano Rangel
Data: 07/08/2010
A matéria coloca foco na forma como nosso cérebro recebe, processa e responde aos elogios. A abordagem me pareceu bastante interessante, pela simplicidade e objetividade na lida com o assunto.
Em uma primeira leitura, partindo do título, pode parecer até algo meio desconecto e estranho ao o foco deste blog, mas abstraindo a isso e buscando as conexões das entrelinhas será possível perceber que o assunto pela sua abordagem guarda uma boa relação sobre as reflexões de sustentabilidade aqui discutidas e apresentadas, em especial quando se coloca uma lupa sobre o ambiente corporativo.
Estamos cada vez mais vivendo em uma sociedade de indivíduos e ao mesmo tempo paradoxal, pois de um lado a singularidade ganha cada vez mais importância, contudo, não estamos reconhecendo valor nos indivíduos e suas singularidades, mas sim no individualismo, que são coisas bem diferentes. O que se percebe na prática é essa confusão e um peso na balança mais acentuado para a valorização do individualismo.
Neste ponto a matéria traz uma leitura interessante, em especial quando ela explora a favor do que os elogios são praticados no meio corporativo. Organizações que por excelência, deveriam valorizar a composição e interação das pessoas nelas presentes, porque é disso que as empresas são formadas, geralmente se furtam a essa premissa, descuidadas deixam buracos em que as pessoas passam a trabalhar por si mesmas, aflorando toda a sua carga de individualismo.
Quando olhamos para a dinâmica do "greenwaching" uma prática empresarial cada vez mais criticada. O que está por traz? O que as organizações que praticam esse tipo de publicidade estão buscando? Seria a melhoria de critérios e atributos de seus produtos e serviços, para que estes estejam mais alinhados as necessidades, expectativas e demandas de uma sociedade mais justa, sustentável e responsável? Será isso mesmo?
Será que na realidade o que estão buscando não é apenas um reconhecimento, um elogio conquistado pelo caminho mais fácil, de menos esforço, porque tiveram a astucia de perceber que a sociedade está ávida por ofertas com essa essência e ai existe uma "ótima" oportunidade de ganhar mais marketing share.
Voltamos para questão da “individualidade vs o individualismo”. Certas questões para serem bem trabalhadas precisam de uma inversão de paradigma, mudar a lógica. Toda e qualquer atividade empresarial, pode e na minha opinião deve, buscar meios de tornar sua existência na sociedade mais responsável e sustentável e se for feliz nessa empreitada deve sim ser reconhecida por este esforço e pelos resultados, e, isso será o reconhecimento da sua individualidade. Contudo, nenhuma organização conseguirá de fato alcançar esse patamar se entrar nessa empreitada sozinha e isso muda muito a lógica atual, em que a competição precisa ceder espaço para a cooperação, algo ainda bem distante da nossa realidade concorrência e mercadológica. Isso porque, além de outros fatores nós enquanto pessoas, tomando decisões a frente das organizações estamos melhor preparados para o individualismo, ainda não nos foi ensinado e também não colocamos os devidos esforços para aprender a reconhecer a importância de cada indivíduo e da cooperação entre eles.
Segundo a matéria a forma como somos motivados desde casa pode favorecer ou dificultar essa visão mais voltada cooperação ou competição. Fica a dica!
Como definir o que é sustentabilidade? Seria muita pretensão responder essa pergunta sozinho.Por isso, tenho com esse blog o desejo de construir um espaço aberto e dedicado a troca de ideias, opiniões e qualquer outra informação que ajude a formar um entendimento mais amplo e sistêmico do que é essa tal de “sustentabilidade” desejada pela sociedade, organizações empresariais, sociais e políticas. Aqui você e suas contribuições serão sempre bem vindas. Faça parte dessa construção!
Acredito que no ambiente que vivemos hoje em dia, de competição e concorrência, a saída sejam as redes para conectar as necessidades de melhorias no nossos problemas, sejam eles ecologicos, sociais, diplomáticos...
ResponderExcluirIniciativas que mobilizam o mundo corporativo a repensar e a realmente mudar o perfil de atitude começam pela atitude de mudança de seus recursos humanos, ou seja, as pessoas que trabalham ou estão a frente das corporações!
Rodrigo, obrigado pelo seu comentário.
ResponderExcluirAs redes sociais sem dúvidas são e serão ferramentas fundamentais nesse processo, contudo, sem o real envolvimento das pessoas, repessando seus pardigmas não serão suficientes. Pois felizmente as ferramentas tecnológicas e isso incluí as redes sociais não funcionam sem pessoas, com seus jeitos de olhar e interagir com o mundo, expressos em duas decisões e condutas.
Vamos torce para que as pessoas cada vez mais percebam sua real importância a da interdependência e com isso, buscarem mais formas de colaborar ao invés de só competir.
Abraços
Fabiano Rangel
Sustentabilidade em Movimento