quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Nicholas Stern: é difícil atribuir valor econômico à biodiversidade

Desde 2007, vem sendo realizado o estudo que ganhou o nome de TEEB – The Economics of Ecosystems and Biodiverstity (A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade). Vinculado ao PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e coordenado pelo indiano Pavan Sukhdev, economista sênior do Deutsche Bank, a pesquisa procura revelar os benefícios econômicos da preservação da biodiversidade e mostrar os altos custos de sua perda e da degradação dos ecossistemas. Por esse motivo, acabou ganhando o apelido de “Relatório Stern da Biodiversidade”.

Hoje, o próprio Nicholas Stern, autor do Relatório Stern - que mostra os custos das mudanças climáticas para a economia mundial - comentou sobre a iniciativa durante a coletiva que concedeu à imprensa, como parte da programação do Fórum de Varejo 2010, organizado pelo Wall Mart.

Stern elogiou o trabalho de Pavan Sukhdev e reconheceu que fazer a análise econômica da biodiversidade é ainda mais difícil e complexo do que medir os impactos econômicos das mudanças climáticas. Ele apontou duas razões para isso:

Os benefícios trazidos pela biodiversidade devem ser valorados em termos de oportunidades futuras. “Estou convencido de que temos conhecimento e matérias-primas, mas é difícil medir o valor dos recursos que vão produzir as novidades que ainda não conhecemos”, explicou.

  1. Há muita instabilidade nos ecossistemas do mundo. “É muito difícil medir os impactos econômicos da perda de determinadas espécies, especialmente pelo fato de elas serem interdependentes”.Ainda assim, o economista se disse convencido de que a conservação da biodiversidade tem muito valor e de que vale gastar quantias modestas para protegê-la.
Em outubro, durante a COP 10 - Convenção de Diversidade Biológica, que acontece em Nagoya (Japão), será apresentado o relatório final do TEEB. No entanto, já se sabe que, apenas com a destruição de florestas, mananciais e vegetação de mangues, se perdem entre U$ 2,5 trilhões e U$4,5 trilhões.

Fonte: Planeta Sustentável
10/08/2010 às 18:37

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