segunda-feira, 19 de julho de 2010

BP contém vazamento no Golfo do México pela 1ª vez

BP contém vazamento no Golfo do México pela 1ª vez

Empresa anunciou que após testes, as aberturas continuaram fechadas, o que deve resolver o vazamento
Por Agência EFE

Washington, 15 jul (EFE) - A BP anunciou hoje que, após testes, o sistema instalado sobre o poço no Golfo do México respondeu bem e, pela primeira vez desde o acidente, o petróleo parou de vazar no mar.
Em comunicado, a empresa diz que, durante as provas, as três aberturas continuaram fechadas, "o que a efeitos práticos fecha o poço". "Embora não se possa garantir, se espera que não se derrame mais petróleo no mar", afirma a nota. A BP, empresa responsável pelo vazamento, retomou os testes de resistência da estrutura depois de suspendê-los durante a noite de ontem por detectar uma rachadura. "As provas começaram hoje, de acordo com os procedimentos aprovados pelo Comando Nacional de Incidentes", e, até o momento, se desenvolvem com normalidade, segundo o comunicado.
Os primeiros testes durarão pelo menos seis horas e poderiam durar até 48, acrescenta a declaração. No entanto, a empresa adverte que embora o petróleo tenha parado de vazar no mar durante o período de testes, "isso não quer dizer que o fluxo de petróleo e gás do poço tenha sido detido de maneira permanente".
Os testes mediram a pressão interna do sistema. Se for baixa demais, ela leva a uma fuga similar à detectada ontem à noite e seria preciso começar o processo novamente. Em entrevista coletiva hoje, o coordenador da luta contra o vazamento por parte do Governo dos EUA, almirante Thad Allen, disse que o registro de pressão alta será uma boa notícia, pois quer dizer que o dispositivo funcionou devidamente e que está em condições de suportar o fluxo de petróleo. Se os testes derem resultados positivos e o sistema entrar em funcionamento, ele seria conectado por meio de dutos a navios na superfície.
Segundo Allen, o sistema teria capacidade para enviar até 80 mil barris diários de petróleo para os navios, uma quantidade superior à que vazava do poço estragado, calculada em entre 35 mil e 60 mil barris.
O atual sistema será apenas provisório, enquanto a solução permanente serão dois poços auxiliares, através dos quais se injetará uma mistura de lama pesada e cimento que selará o poço.
O vazamento começou no dia 20 de abril, por causas ainda desconhecidas, depois da explosão - que matou 11 funcionários - e o afundamento dois dias depois da plataforma Deepwater Horizon, operada pela BP. EFEA BP anunciou hoje que, após testes, o sistema instalado sobre o poço no Golfo do México respondeu bem e, pela primeira vez desde o acidente, o petróleo parou de vazar no mar.

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