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Desvio de água dos rios que abasteciam o Aral para uso agrícola intensivo fez o ecossistema perder 90% de sua área.
Pode o homem matar o mar? Pode. Pelo menos se o exemplo for o Mar de Aral, um lago salgado na Ásia Central. Há três meses, o secretário-geral da ONU, BanKi-moon, visitou a região. E qualificou o que viu como um dos desastres mais chocantes da história. “No cais, eu não enxergava nada, apenas um cemitério de navios”, disse.
A destruição do ecossistema do Mar de Aral foi repentina e severa. Ao longo do século passado, a então União Soviética começou a desviar a água dos rios que abasteciam o Aral para projetos de irrigação para a cultura de cereais e algodão. Nos anos 60, o processo de desvio de água se intensificou, assim como a degradação do Aral. Em 1965, o Aral recebia cerca de 50km³ de água por ano; em 1980, esse número caiu para zero.
Seu encolhimento foi seguido de um forte aumento de sua salinidade. Com isso, a indústria pesqueira, que chegou a servir de emprego para até 60 mil pessoas, despencou. Andar pelo que era o Aral hoje é deparar com navios em meio ao que virou deserto.
De acordo com a Aral SeaFoundation (Fundação Mar de Aral), se programas como plantio de árvores, instalação de bombas de água, construção de diques e outros de maior envergadura não forem imediatamente adotados, o que já foi o quarto maior lago do mundo morrerá em 2020. Pior: mesmo a adoção dessas alternativas não garante sua salvação.
Mar de Aral era um lago de água salgada, localizado na Ásia Central, entre as províncias cazaques de Aqtöbe e Qyzylorda (ao norte), e a região autônoma usbeque de Caracalpaquistão (ao sul). O nome (em português, Mar das Ilhas) refere-se à grande quantidade de ilhas presentes em seu leito (mais de 1500). Este já foi o quarto maior lago do mundo com 68 000 km² de superfície e 1100 km³ de volume de água, mas em 2007 já havia se reduzido a apenas 10% de seu tamanho original, e em 2010 estava dividido em três porções menores, em avançado processo de desertificação.[1]
A outrora próspera indústria pesqueira foi praticamente destruída, provocando desemprego e dificuldades econômicas. A região também foi fortemente poluída, com graves problemas de saúde pública como consequência. O recuo do mar também já teria provocado a mudança climática local com verões cada vez mais quentes e secos, e invernos mais frios e longos.
Fonte: Wikipidia
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